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FÁBRICA DE PACIFICAÇÃO
Acadêmico: José Renato Nalini
O Tabelionato “Costa e Silva” adiciona à prestação de hígidos serviços afetos à sua especialidade, a missão de pacificar Itanhaém.

Fábrica de pacificação

Foi-me concedido participar de uma solenidade singela e tocante, em Itanhaém. A Tabeliã Andrea Elias da Costa inaugurou o edifício do Primeiro Tabelionato de Notas e Protesto de Letras e Títulos da Comarca, em prédio condizente com as necessidades da população, mas que abriga a sensibilidade da titular da delegação. Todos os detalhes foram por ela planejados e executados e o resultado é um ambiente acolhedor, colorido, florido e alegre.

Houve a benção do local, pelo Padre Gleyson Quintino de Oliveira, cuja oração enlevou os presentes e a palavra da Tabeliã Andrea foi emocionante retrospecto de toda sua trajetória. Invocou os pais, seus primeiros mestres e incentivadores a que se dispusesse a alcançar todos os patamares mediante aprendizado e humilde submissão a concurso, o que ela mostrou conseguir com reconhecido êxito.

A fala da titular do Tabelionato foi um hino de louvor à humanidade, ao norteador de todas as atividades estatais e particulares neste Brasil que é Estado de direito de índole democrático, o princípio da dignidade da pessoa humana. E ali, todas as pessoas recebem tratamento digno e cordial.

Usou da palavra a Juíza Corregedora Permanente, Dra. Helen Cristina de Melo Alexandre, que é titular do Juizado Especial de Itanhaém e que sublinhou o caráter afeiçoado ao trabalho esmerado e exemplar que Andrea desempenha naquela tradicional cidade litorânea. O testemunho da Corregedora é um verdadeiro atestado da excelência dos préstimos desenvolvidos naquela delegação extrajudicial. Tudo corroborado pelo Juiz Ricardo Felício Scaff, que – além de amigo da Tabeliã, foi assessor da Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo e é constantemente convocado pela Corregedoria Nacional de Justiça para acompanhar o desenvolvimento de trabalhos de orientação por todo o Brasil.

Também se manifestou o Procurador do Município, Jorge Eduardo dos Santos e a representante da OAB, ambos enaltecendo a qualidade dos trabalhos ali desenvolvidos pelo Tabelionato. Grande número de advogados, empresários e pessoas gradas da cidade prestigiaram o evento, assim como o Dr. Peter Aparecido de Souza, Presidente da OAB-SP Subseção Santana.

O coral municipal foi responsável por algumas músicas que deram um clima ainda mais tocante ao encontro e o agradecimento do homenageado com uma placa comemorativa, na condição de ex-Corregedor Geral da Justiça e ex-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi no sentido de salientar a presença do sentido cristão de fraternidade, superior a qualquer outro e que o constituinte de 1988 teve a coragem de elevar à categoria jurídica. O ideal do elaborador do pacto federativo foi a edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária. Um Tabelionato de verdade serve também para isso: para fabricar a pacificação, evitar controvérsias, lides, desavenças, dissensos e ódios, ingredientes tão presentes na atual vida brasileira.

Nessa vertente, é de se considerar que outra solução do constituinte de 1988, ao elaborar a estratégia de se delegar funções estatais a profissionais concursados, os registradores e tabeliães, conferiu um nível de aprimoramento que hoje é saudável constatação em todo o Brasil, mormente em São Paulo.

Mas o Presidente da Academia Paulista de Letras se valeu dessa viagem para visitar a Biblioteca Municipal “Paulo Bomfim”, que mereceu o acervo do último Príncipe dos Poetas Brasileiros, que perdemos em 7 de julho de 2019. Ele foi o doador dos primeiros livros para a biblioteca da cidade onde possuiu casa de veraneio e onde passava suas férias e se inspirava para o maravilhoso patrimônio poético legado à posteridade.

Antes de sua partida, Paulo Bomfim dizia que todos os seus livros deveriam igualmente se abrigar na Biblioteca de Itanhaém, para servirem à infância e juventude itanhaense, de uma forma perene.

A visita à Biblioteca foi ciceroneada pela Presidente da Academia Itanhaense de Letras, D. Elizabeth Cury Bechir Watanabe, que foi amiga do poeta e de sua esposa, Emy Bomfim e que contou passagens vivenciadas em companhia do casal durante décadas naquele aprazível recanto do Atlântico brasileiro.

Paulo Bomfim gostava de dizer que o nome Itanhaém significa o som produzido pelas ondas nas pedras locais. Dentre estas, a famosa “cama de Anchieta” que, diz a lenda, abrigava o Santo taumaturgo quando vivia por lá. A segunda cidade mais antiga do Brasil foi povoada à época das Capitanias Hereditárias, durante a exploração colonizadora de Martim Afonso de Sousa, que também fundou São Vicente.

Hoje, o Tabelionato “Costa e Silva” adiciona à prestação de hígidos serviços afetos à sua especialidade, a missão de pacificar Itanhaém e a fazer coincidir o convívio entre seus moradores, à beleza paradisíaca de suas praias.

Publicado no Blog do Fausto Macedo/Opinião/Estadão
Em 22 08 2022



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