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A REFORMA DO ENSINO MÉDIO
Acadêmico: Gabriel Chalita
"Acompanhei com muita atenção a proposta de reforma do ensino médio. Trago algumas reflexões para ajudar o debate."

É senso comum que é preciso melhorar a educação no Brasil. Aliás, precisará sempre. Os indicadores de quantidade e qualidade mostram que demos alguns saltos importantes. Mas falta muito. E esse muito tem que ser feito de forma responsável. Fórmulas mágicas não existem. Acompanhei com muita atenção a proposta de reforma do ensino médio. Trago algumas reflexões para ajudar o debate. A escolha de reformar o ensino médio por meio de Medida Provisória parece-me não ser o melhor caminho. É preciso envolver os sujeitos do processo educativo. Esqueceram a "Sua Excelência, o Professor". São os professores que, todos os dias, no chão da escola, realizam o ofício do ensinar e do aprender, da troca, da cumplicidade. São eles, portanto, que têm condições de sugerir e construir a melhor reforma. Os jovens também têm ideias e ideais. E, também, seus pais. E, também, a comunidade científica que se debruça sobre o tema.

Há outros aspectos. Artes e atividades físicas compõem currículos dos principais países em que a educação vem atingindo patamares de qualidade. Alunos não são máquinas em que programamos saberes e pronto. O saber é construído no dia a dia. O diálogo com outras áreas é essencial. Aprende-se português, por exemplo, também em filosofia, história, sociologia.

Compreendo a necessidade de minimizar a compartimentação das matérias. É preciso instigar os alunos para que pensem e resolvam problemas, com autonomia. E que encontrem a necessidade e o prazer de pesquisarem sempre, de aprenderem sempre. Não esqueçamos, ainda, dos quase 25% dos alunos que estudam apenas à noite. Defendo a proposta de escola em tempo integral desde a educação infantil até o ensino médio. Consecutivamente. Inverter essa sequência é desconhecer os enormes fossos de desigualdade no nosso país. Que se tenha a maturidade de compreender que nenhuma política educacional pode ser imposta de cima para baixo, mas deve ser construída coletivamente.



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