cadeira nº 19
ERWIN THEODOR ROSENTHAL

Patrono: Antônio Joaquim da Rosa
Aniversário: 30/6/1926
Data de posse: 7/10/1986

Erwin Theodor Rosenthal, nasceu em Frankfurt em 1926 e faleceu dia 04 de setembro de 2016, em São Paulo.

Foi Professor, jornalista, ensaísta e tradutor.
Eleito para a Academia Paulista de Letras em 1986, foi seu 15º presidente (2003-2004).
Membro das Academia Paulista de História e Academia Paulista de Jornalismo.
Membro-correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Condecorações:
Oficial das Palmas Acadêmicas (França),
Grande Ordem do Mérito (Áustria),
Cruz de Mérito, Primeira Classe (Alemanha) e Medalha Goethe, categoria Ouro (Alemanha).
Doutor "honoris causa" pela Universidade de Lisboa e presidente-honorário da Associação Latino-americana de Estudos Germanísticos.

Começou concomitantemente a carreira de professor e jornalista aos 21 anos, lecionando inicialmente no curso secundário, nos Liceu Pasteur, Colégio Dante Alighieri, Colégio Visconde de Porto Seguro e no Colégio Estadual de São Paulo (o tradicional "Ginásio do Estado"), todos de São Paulo, entre 1947 e 1958. Ao mesmo tempo trabalhou, inicialmente como tradutor e a seguir como repórter e, depois, redator do vespertino A GAZETA, de São Paulo. De 1954 a 1955 foi bolsista do IIE (Institute of International Education) na Universidade de Minnesota (EUA). Em 1958 foi secretário-geral da revista VISÃO. No mesmo ano decidiu trocar o jornalismo profissional pela carreira universitária, iniciando-a como professor de Língua e Literatura Alemã da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, Instituto Isolado de Ensino Superior do Governo do Estado, fundada em 1958 e dirigida pelo Profº Dr. Antônio Augusto Soares Amora. Tendo obtido anteriormente o título de Doutor em 1953 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, conquistou a Livre-Docência em 1960, com um trabalho sobre Georg Buechner, então quase desconhecido no Brasil. A seguir permaneceu dois anos acadêmicos na Alemanha, como bolsista da Fundação "Alexander von Humboldt", especializando-se e lecionando na Universidade de Tubinga (Tuebingen), onde preparou também a tese de Cátedra sobre "Recursos expressivos na obra dramática de Gerhart Hauptmann", apresentada em concurso de títulos e provas em 1964, que lhe valeu a indicação para professor-titular da Universidade de São Paulo. Lecionou matéria de sua especialidade também no exterior, assim nas Universidade Livre de Berlim, Universidade de Lisboa, Universidade de Johanesburgo (University of the Witwatersrand) e Universidade de Colonia; foi Vice-Diretor e Diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, Vice-Diretor da Escola de Comunicações e Artes, bem como Coordenador de Atividades Culturais da USP (hoje, Pró-Reitoria de Cultura). Após a aposentadoria, exerceu atividades na Secretaria de Cultura do Município de São Paulo (gestão Jânio Quadros) e em vários setores da vida cultural paulistana.

Além dos trabalhos acadêmicos, obrigatórios para quem segue a carreira docente, é autor dos seguintes livros: Estudos de Sintaxe Inglesa (1951), Viagem pela América do Norte (1956), A Língua Alemã - desenvolvimento histórico e situação atual (1963), Temas Alemães (1965), Introdução à Literatura Alemã (1968), Das fragmentarische Universum (1970, traduzido para o português por Marion Fleischer: O universo fragmentário (1975)), A Literatura Alemã (1980), Tradução: Ofício e Arte (1983), Perfis e Sombras (1990), além de mais de uma centena de colaborações em livros, edições e traduções, das quais a mais curiosa e, certamente, mais valiosa é Frei Apolônio, romance brasileiro de 1823, escrito pelo insigne historiador, botânico e etnólogo Carl Friedrich Philipp von Martius, que percorreu o Brasil durante três anos e escreveu o romance sob o impacto da Amazônia, que conheceu entre 1819 e 1820. Não o publicou, contudo, e por mero acaso Erwin Theodor Rosenthal o encontrou em forma de manuscrito, em escrita gótica. O mesmo, por ele transposto para o alemão moderno, foi publicado em Berlim em 1992, e em São Paulo no mesmo ano, em tradução brasileira. Nos últimos anos publicou em português e alemão, no Brasil, em Portugal e na Venezuela, trabalhos sobre a presença de alemães e da Alemanha na literatura brasileira e editou em 2003 pela primeira vez um original alemão de 1843, de autoria de Carl F. Ph. von Martius, "Bemerkungen über die Verfassung einer Geschichte Brasiliens", cuja versão brasileira era entretanto conhecida desde 1845, quando foi publicada no Rio de Janeiro pela Revista Trimensal de História e Geographia sob o título "Como se deve escrever a História do Brasil".





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