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Acadêmico: José Renato Nalini Para conviver, é preciso não se melindrar diante de críticas. Para evita-las, você precisaria ser invisível.
Para conviver, é preciso não se melindrar diante de críticas. Para evita-las, você precisaria ser invisível. Lê-se em algumas placas dispostas em mesas de executivos: “Pra não ser criticado: não diga nada. Não faça nada. Não seja nada!”. Ainda assim, você não escapará às críticas. Os humanos são insaciáveis na sua tarefa de julgar o semelhante. Com réguas bem severas, que não são as mesmas utilizadas para julgar suas próprias atitudes. Nem os santos escaparam à execração pública. É preciso recordar que o populacho preferiu libertar Barrabás a Cristo? E quem acreditaria que pessoas honradas, probas, honestas e éticas mereceram dura avaliação de seus contemporâneos? Leia o que se disse de alguém: “Ele não é em nada melhor que um assassino. Traiçoeiro com os amigos, hipócrita na vida pública, um impostor que abandonou todos os bons princípios, se é que alguma vez o teve”. Pois isso foi dito sobre George Washington, um dos “pais fundadores” da maior democracia ocidental. Quanto aos insultos, Buda nos ensina algo válido. Quando um qualquer o insultou, Buda ouviu em silêncio. Quando o homem terminou, Buda perguntou-lhe: “Filho, se um homem se recusasse a receber um presente feito para ele, a quem pertenceria o presente?”. O homem respondeu: - “À pessoa que o ofereceu”. E Buda: “Meu filho: recuso-me a aceitar o teu insulto e peço que o guardes para ti mesmo!”. Essa a melhor resposta para quem, irado, ofende o próximo. O ser humano é irritadiço, orgulhoso, impaciente, pretensioso. Quer que as coisas ocorram conforme a sua vontade. Quando elas saem de seu controle, escoiceiam quem estiver à frente. Por isso, não é prudente conviver com a brutalidade. Se ela, ainda assim, se manifestar, é pensar que “cada um oferece o que tem”. Infelizes aqueles que só têm a oferecer a perversidade, a chacota, a ironia, o sarcasmo. Para estes, a melhor resposta é o silêncio. Muitas das ações indignas de um ser racional derivam da inveja. A inveja é um sentimento bem estranho: o invejoso sorve o seu próprio veneno, querendo que o alvo da inveja é que venha a morrer. Como isso não acontece, ele se contamina com o fel de sua maldade. Semeemos compreensão, tolerância e perdão. A vida é breve e frágil. Não vale a pena se angustiar porque um animal agiu conforme a sua natureza. Publicado no Diário do Litoral, em 05/06/2024 voltar |
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