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Acadêmico: José Renato Nalini É magnífico o trabalho realizado pela SAEA – Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência, junto ao Colégio “Liceu Vivere”, de Pirassununga.
Educação levada a sério Constitui truísmo afirmar que a educação é a maior questão brasileira. Chave para a solução de todos os demais problemas. E malgrado a sapiência do constituinte de 1988, que a considerou “direito de todos” e dever conjunto do Estado, da Família e da sociedade, ela capenga em suas várias esferas. No vazio das melhores práticas, destacam-se exceções que animam a robustecer a esperança em dias melhores. Uma delas é o magnífico trabalho realizado pela SAEA – Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência, junto ao Colégio “Liceu Vivere”, de Pirassununga. Foi em 2021 que a Família Maialle, criadora dessa exemplar instituição, resolveu entregar a continuidade da obra e a certeza de fidelidade aos ideais que a inspiraram, à excelência qualitativa dos educadores da SAEA. Quantas belíssimas iniciativas análogas se frustraram porque os pais originais deixaram a existência terrena, a descendência ou inexistia ou não se emocionava com essa missão divina que é formar cidadãos completos. Enquanto escolas familiares ou confessionais deixaram de existir, o “Liceu Vivere” ganhou força e passou a ostentar o selo de qualidade que os professores Eduardo Flauzino Mendes e José Florêncio Blanco imprimem a tudo o que realizam. O Liceu foi fundado por Maria Helena Zoéga Maialle em 1993. Nasceu de um sonho da educadora, cuja expertise em educação pública a credenciava a experimentar um novo projeto, escoimado das deficiências notórias constatáveis na rede oficial. Toda a família participou da implantação do colégio e, como a adesão partiu desse amor doméstico pela educação de excelência, a iniciativa prosperou. O filho Marcelo Zoéga Maialle, físico da USP e professor universitário da UNICAMP, foi professor de física e coordenador pedagógico do Ensino Médio. Garantiu notória performance dos alunos no ENEM e, por sete anos seguidos, o Liceu garantiu o primeiro lugar na classificação dessa prova no município de Pirassununga. Além do marido Mercedo Maialle, apoiador desde a primeira hora, outro filho de Maria Helena também ingressou na equipe: Marcos Lourenço Zoéga Maialle, engenheiro de materiais pela Universidade Federal de São Carlos, colaborou na administração do colégio. As noras também entraram no projeto, cuja consistência se ancorava no amor ao ensino e aprendizado. Maria Helena descobriu o que muitos educadores não chegam a detectar, mesmo após décadas de labuta: “Quanto mais o aluno estiver feliz, mais ele aprende. Essa condição é essencial”. A coincidência de valores entre o Liceu e a SAEA propiciou o feliz encontro entre Maria Helena Zoéga Maialle e os abnegados educadores agostinianos, sob a presidência de José Florêncio Blanco. Este reafirma que os elementos constitutivos da Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência, desde a sua fundação, - Educação, Assistência Social, Evangelização e Espiritualidade - a caracterizam como singular entidade Confessional Católica, “que carrega uma marca muito especial: o Carisma de Santo Agostinho”. O Doutor da Igreja, cuja alma só encontrou repouso no Criador, é a motivação permanente dos êxitos obtidos pela SAEA em suas unidades de sadia formação da infância e juventude. A partir de 2022, o “Liceu Vivere” passou a integrar o conglomerado educacional da Sociedade Agostiniana. Foi o encontro de duas almas institucionais gêmeas. A SAEA coloca o coração em tudo o que faz e a família Maialle também trabalha aos acordes sugeridos por esse órgão. Pirassununga, que possui a célebre Academia da Força Aérea Brasileira, o verdadeiro “ninho das águias brasileiras”, o Santuário Senhor Bom Jesus dos Aflitos, a famosa “Cachoeira das Emas”, com a sua piracema a cada dezembro, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática e Continental, além de suas destilarias, ostenta hoje um “Liceu Vivere” renovado e promissor. Essa aliança benfazeja é o atestado de que boas iniciativas tendem a confluir, a se irmanar e a gerar efeitos potencializados ao projeto inicial, que já fora impregnado de boa vontade e de salutar determinação. Privilegiados os alunos do “Liceu Vivere” e bem-aventuradas as suas famílias, que sabem a que mãos e a que consciências entregaram os seus filhos. Longa e bem sucedida e abençoada vida a essa feliz parceria. Publicado no Estadão/Blog do Fausto Macedo, em 13 03 2024 voltar |
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