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Acadêmico: José Renato Nalini São necessárias estratégias vinculadas à produção geradora de lucro e que, por tabela, também proteja o ambiente.
Só comprar com “Selo Verde” Conscientizar os humanos a serem amigos da natureza e adeptos da sustentabilidade é missão complexa. O bicho-homem costuma ser egoísta, consumista, materialista e olhar para o seu próprio umbigo. Só que a Terra está cansada de tantos maus-tratos. Devolve com drásticas mudanças climáticas, fenômenos extremos, causadores de mortes, prejuízo econômico e caos. A linguagem que o humano mais entende é a do cifrão. Algo que dê dinheiro atrai de imediato a atenção desse animalzinho racional. Que, embora racional, não deixa de ser animal. Por isso é que são necessárias estratégias vinculadas à produção geradora de lucro e que, por tabela, também proteja o ambiente. Nesse sentido, louvável o lançamento do “Selo Verde”, em suas versões “Brasil” e “Amazônia”, para incentivar o consumo de produtos resultantes de boas práticas. Serviços e produtos brasileiros que atendam a critérios sérios de responsabilidade ambiental e social merecerão tal certificação, que é iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Isso também abre as portas do mercado iternacional para o Brasil, que recentemente deixou de ser a promissora potência verde para se converter em Pária Ambiental, para gáudio da estupidez institucionalizada. O governo ecológico propõe que a certificação, na prática, reúna critérios que possam agrupar diversas exigências de sustentabilidade em um único rótulo. Como é selo oficial, substituirá aquelas iniciativas privadas, que surgiram diante da pecaminosa omissão governamental, ora corrigida. Os produtos brasileiros podem ser alvo de boicote na União Europeia e em outros países que levam a sério a mutação climática. Em abril de 2023, o Parlamento Europeu aprovou legislação que impede a comercialização de produtos oriundos de áreas desmatadas em todos os países do bloco. Isso vale para carne, café, soja, madeira e borracha, entre outros. O selo verde tupiniquim será concedido por instituições de avaliação de conformidade que sejam certificadas pelo Inmetro. Serão levados em conta todas as etapas do ciclo de vida do produto: eficiência energética, consumo de água, geração de resíduos, emissão de carbono, tudo rastreável e periodicamente reavaliado. Os brasileiros também precisam se acostumar a só consumir produtos e pagar por serviços que tenham o Selo Verde. É a única forma de educar os relapsos, os omissos e os céticos, que não acreditam nos males resultantes do mau uso dos recursos naturais. Publicado no Diário do Litoral, em 27 12 2023 voltar |
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