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Acadêmico: José Renato Nalini Em Morungaba, a Sabesp conclui um plano-piloto que vai servir de referência para a atualização tecnológica do serviço de água em 375 cidades paulistas.
O exemplo de Morungaba Quando se quer comprar doces cristalizados e compotas, lembra-se logo de Morungaba. Cidade muito simpática, logo após Itatiba, pela rodovia Constâncio Cintra, em direção a Amparo. Mas Morungaba surge no noticiário em virtude de algo importante. É ali que a Sabesp conclui um plano-piloto que vai servir de referência para a atualização tecnológica do serviço de água em 375 cidades paulistas. É a Inteligência Artificial que chegou a Morungaba, conciliando IA e a internet das coisas. Os processos anteriormente manuais foram automatizados e a operação se faz por via remota. No próximo ano, 2024, Morungaba será o primeiro município paulista – e, com certeza, brasileiro – que terá automação integral no sistema de tratamento de água e seu fornecimento, límpida e saudável, à população. Quando se pensa que há milhões de brasileiros privados disso que para nós é direito adquirido, rotina que já não desperta curiosidade, avalia-se o grande salto que a empresa paulista dará. O processo de saneamento de água e esgoto obedece a um ciclo muito singelo. Primeiro, a água é captada do rio e direcionada a uma estação de tratamento. Nessa ETA, a água passa por processos de filtragem e adequação ao consumo humano. Utiliza-se flúor, cloro e outras substâncias para corrigir o pH. Depois do tratamento, a água é bombeada para um reservatório. Daqui, para os sistemas de distribuição, para atender a todos os consumidores. O consumo é medido por hidrômetros. Após o uso, a água se transforma em esgoto e entra no sistema de coleta, para ser direcionado a uma estação de tratamento. Na Estação de Tratamento de Esgoto esse material é tragado, para que o efluente possa vir a ser devolvido ao ambiente. Sob a lógica do reuso indireto, o esgoto tratado é devolvido ao mesmo rio da captação e num ponto anterior ao local onde é feita a coleta de água. Em Morungaba, a Sabesp queimou etapas. Hoje, em regra, quando ocorre vazamento em linha da Sabesp, é preciso fechar o registro para interromper o problema e fazer o conserto. O profissional vai ao local com uma ferramenta específica. Em Morungaba não: a chave de manobra foi transformada num botão que, mediante um clique, fecha a válvula. A automação chegou também à Estação de Tratamento de água. Aqui, a qualidade da água é avaliada porque há substâncias que interferem na sua qualidade para consumo humano. No processo convencional, a Sabesp precisa manter funcionários trabalhando em escala de vinte e quatro horas para controlar os indicadores. No sistema automatizado, os sensores detectam qualquer mudança e mandam ação para a bomba dosadora aumentar o produto que acelera a coagulação e faz as partículas decantarem. Ou seja: com a automação, a velocidade de decisão é mil vezes mais rápida. Consegue-se eficiência operacional e menores custos para a empresa, o que vai se refletir para o cliente. O projeto desenvolvido em Morungaba permite reduzir os custos na operação. Menor quantidade de operadores, economia com a diminuição dos níveis de perda na rede. Isso pode chegar aos felizes municípios em que a Sabesp opera. São doze milhões de hidrômetros, setenta mil quilômetros de rede de água e sessenta mil quilômetros de rede de esgoto. Por isso é que a Sabesp está preparada rumo à disputa das licitações, resultado do marco legal de saneamento. Que ela chegue à totalidade dos municípios paulistas. Quem vai ganhar é a população. Publicado no Jornal de Jundiaí, em 09 11 2023 voltar |
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