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Acadêmico: José Renato Nalini É bom pensar o que cada um de nós pode fazer para perfilhar ao lado do bem. Que, por coincidência, é o lado da sobrevivência.
Todos podem ajudar o mundo Em tempos de mais um encontro da liderança mundial para cuidar do assunto mais grave de nossos tempos, o aquecimento global, é bom pensar o que cada um de nós pode fazer para perfilhar ao lado do bem. Que, por coincidência, é o lado da sobrevivência. Plantar árvores. Todos podem recolher sementes, fazê-las germinar, transplantá-las para repor ao menos alguns exemplares do trilhão de árvores de que o mundo inteiro carece. Um bilhão delas é o de que o Brasil necessita. Mas também é possível assumir o compromisso de alertar os insensíveis. Estes abundam como pandemia. Persistem no negacionismo, na visão equivocada de que agricultura e preservação ambiental são ideias antagônicas. O mundo precisa acordar para a catástrofe inevitável se não se converter. Quem tem juízo tem, igualmente, a obrigação de tirar a venda dos olhos do semelhante que não consegue enxergar o quão séria é a crise. Um bom exemplo é o da Natura, que montou ecossistema de startups que testam produtos, soluções e serviços incrementais, importando em aperfeiçoamento ou melhoria ou disruptivos, aqueles saltos ou pulos em inovações. Incentiva-se a juventude engenhosa e criativa a apontar soluções salvíficas do meio ambiente. Dentre as iniciativas, destaca-se o programa de logística reversa com a startup WasteBank, que fornece plataforma para conectar recicladores, sucateiros, pontos de coleta e consumidores. Muitas outras ideias podem estar na mente sensível de educandos que não se conformam com a rotina das escolas, onde se adestra o estudante a decorar, quando não é mais necessário guardar na memória aquilo que a internet viabiliza encontrar em um segundo, de forma atualizada, colorida e musical. O mundo mudou e, infelizmente, o Estado brasileiro continua a perpetuar práticas antiquadas, ultrapassadas e nefastas. Só que o verdadeiro titular do poder é o povo. É o que diz a Constituição da República. Basta levar a sério a vontade do constituinte de 1988 e assumir liderança do processo de aggiornamento. O Brasil merece caminhar simultaneamente com o mundo civilizado. Publicado no jornal Diário do Litoral Em 01 12 2022 voltar |
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