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ESEF, 50 ANOS
Acadêmico: José Renato Nalini
O ambiente na Educação Física era mais do que agradável, era fraterno

Esef, 50 anos


Devo ao notável educador Professor Nassib Cury haver iniciado o magistério em 1969, naquela extraordinária escola pública chamada "Instituto de Educação Experimental de Jundiaí", hoje EE "Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. Ele me convidou para lecionar Sociologia num curso de especialização para professores. Em seguida, pediu-me para assumir a cadeira de Estudos de Problemas Brasileiros na Escola Superior de Educação Física, criada no governo de Walmor Barbosa Martins.

Este Prefeito me nomeou Secretário Particular, mas me encarregava de responder por várias Secretarias, quando das defecções e enquanto não escolhia titular. Assim passei pela Educação, pelo Planejamento, pela chefia de gabinete. Valiosíssima experiência!

O ambiente na Educação Física era mais do que agradável. Era fraterno. Turma simpática e bem-humorada, logo me apelidaram de "forame", porque fui um dia com sapato furado. Cinquenta anos depois, graças a João Ernesto Chiorlin, participei da celebração das Bodas de Ouro da Esef. Como os anos passam depressa!

Foi uma alegria rever meus companheiros de jornada. Poder abraçar Ernestinho, meu colega nos quatro anos do primário na Escola Paroquial "Francisco Telles". José Carlos Bissoli, que também morava na rua 15 de Novembro, onde residi durante três décadas. Subíamos juntos a rua da Padroeira até a escola das Irmãs Vicentinas.

José Antonio Galego, meu colega de Divino Salvador. Luiz Philipe Westin, de cujo irmão Sérgio fui colega no Científico e cujo pai me visitava com frequência quando eu morava em Barretos, a primeira comarca em que judiquei, entre 1976 e 1979.

Rever e ouvir Sylvia Tayar, a primeira diretora, cuja lucidez assombrou a todos, como afirmou o Prefeito Luiz Fernando Machado. Que bela ideia do Diretor Davi Rodrigues Poit de homenagear as quarenta e seis turmas, iniciando pelos formandos de 2021 até terminar na primeira, com João Ernesto Chiorlin emocionado, a lembrar de todos os seus professores.

A apresentação do Vice-Diretor Adriano Rogério Celante entremeava as chamadas com interessantes curiosidades sobre os cinquenta anos dessa Escola que contribui, efetivamente, para a qualidade de vida jundiaiense.

Que saudades de Hélio José Maffia, de Nassib Cury, de Vicente Genovez, que foram diretores da Escola e a consolidaram no cenário nacional. Mas foi muito bom ver o Alaércio Borelli, a professora Mara, em quem o tempo nada fez, conservando-a exatamente como era! Fiquei muito contente de rever e de conversar brevemente com o Professor Evaldo Marchi, hoje Diretor da Faculdade de Medicina e cuja família tanto admirei e estimei.

O jovem Prefeito Luiz Fernando Machado, para honra minha, meu aluno na Faculdade de Direito, enalteceu o papel da ESEF, que não se limita a oferecer educação de qualidade, mas irradia práticas e potencialidades que injetam mais valia à plenitude física e mental dos nossos conterrâneos.

Algo que a primeira diretora, Sylvia Tayar, enfatizou em sua aplaudidíssima fala: uma escola que cultiva cidadania e qualifica seus egressos para aprimorar o convívio num Brasil hoje tão polarizado.

Houve tempo de conversar com parte da turma, num almoço também providenciado por Ernestinho Chiorlin. É impressionante como basta um encontro e parece que a ampulheta retrocede. Volta-se àquele tempo, não parece que meio século transcorreu entre início da década de setenta e o feliz reencontro. Quase à saída, revi Crizolde Pinheiro de Faria Homet, que premiou a turma com bela mensagem. Salve Esef!

Publicado no Jornal de Jundiaí/Opinião
Em 10 07 2022



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