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Acadêmico: José Renato Nalini Quantos de nós já fomos recompensados e não nos damos conta disso. Não agradecemos, nem retribuímos os dons, auxiliando os irmãos que foram privados deles.
Eles já foram recompensados Há lições permanentes nos Evangelhos. Independentemente da crença, a leitura desses livros milenares oferece fecundante material de reflexão. Quem atentar bem para a mensagem contida em Mateus, 6, 1-14, encontrará inegável similitude com o que ocorre em nossos dias. Dentre outras advertências, ele diz: “Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros. Se vocês agirem assim, não receberão nenhuma recompensa do Pai de vocês, que está no céu. Quando você der alguma coisa a uma pessoa necessitada, não fique contando o que fez, como os hipócritas fazem nas sinagogas e nas ruas. Eles fazem isso para serem elogiados pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando ajudar alguma pessoa necessitada, faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. — Quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa”. Quantos de nós já fomos recompensados e não nos damos conta disso. Não agradecemos, nem retribuímos os dons, auxiliando os irmãos que foram privados deles. O apego aos bens materiais nos faz atingir um absurdo acúmulo de coisas das quais não necessitamos e as quais não levaremos quando formos chamados ao etéreo. Nutrimos irreprimível autoestima e não nos condoemos com a sorte alheia. Somos pródigos na crítica, módicos no elogio. Quando prestamos um favor, acionamos a nossa contabilidade íntima para que esse crédito se inscreva como dívida imprescritível do favorecido. Mas nossas obrigações, registramos na areia, para que o vento as leve e sejamos dispensados de agradecer. Gratidão é virtude vilipendiada antes de ser sepultada. O que responderemos quando Ele nos disser: - “Você já foi recompensado! Nada mais tem a exigir!”. Publicado no jornal Região Hoje Em 22 03 2022 voltar |
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