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É O FIM. EM DEFINITIVO...
Acadêmico: José Renato Nalini
Custa acreditar que há pseudo-cientistas que se recusam a levar a sério a advertência dos cientistas, de que a humanidade nunca esteve tão perto de desaparecer como agora. É o fim. Em definitivo.

É o fim. Em definitivo...


Custa acreditar que há pseudo-cientistas que se recusam a levar a sério a advertência dos cientistas, de que a humanidade nunca esteve tão perto de desaparecer como agora. É o fim. Em definitivo.

Financiados por setores que extraem momentâneo proveito de uma exploração insensata dos recursos naturais, desenvolvem teses, fazem lives e palestras bem pagas, para dizer que tudo não passa de “catastrofismo”. Por enquanto, a Terra é o único lugar em que existe vida. A exploração do espaço ratifica tal certeza a cada viagem.

Só que a mesma espécie que consegue chegar ao Marte inerte e morto, colabora para tornar a Terra um planeta igualmente sem vida.

É fenômeno aparentemente natural a extinção de algumas espécies, o ciclo da evolução, em que os mais capazes sobrevivem e os menos desaparecem. Mas o ritmo da eliminação cresceu exponencialmente. Só se compara com as grandes extinções hoje comprovadas por ciências como a arqueologia e já é chamada por cientistas como a “Sexta e Última Extinção”.

Desapareceu, em um século, uma quantidade de espécies que deveria levar ao menos 10 mil anos para desaparecer, se não houvesse a insana atividade dos “racionais”. Quer isso dizer que o ritmo de extinção multiplicou-se por mil!

Contribuem para esse nefasto cenário o adensamento populacional, o consumo exagerado de recursos naturais e o uso de combustíveis fósseis. Essa a explicação de Gerardo Ceballos, ecologista mexicano que sustenta estar em pleno curso a “Sexta e Última Extinção”. Resumindo: é o fim. Em definitivo.

Mas o desmatamento e a destruição de habitats vêm logo a seguir. Algo que entristece a lucidez tupiniquim. Um Brasil que foi promissora esperança no surgimento da preocupação ecológica, por seu verde, por sua água doce, por seu clima favorável e pela exuberância fantástica da biodiversidade, viu ruir, em poucos anos, a sua reputação de protagonista do ambientalismo.

Publicado no jornal Jundiaí Agora
Em 09 12 2021



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