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Acadêmico: José Renato Nalini "O apocalipse não está mais situado num remoto marco temporal distante um século de nossos dias. Não! Tudo está ocorrendo agora e cada vez mais próximo e com intensidade maior."
Três ameaças amedrontam a Humanidade nesta primeira quinta parte do século XXI. A primeira consiste no cataclismo previsível das alterações climáticas, evidentemente resultantes da insensatez humana ao tratar da natureza com crescente inclemência. Até os céticos, hoje, se dão conta de que o aquecimento global é uma realidade e que a atuação do ser humano contribui para o seu recrudescimento. Seria mero acaso a simultaneidade de cinco furacões de magnitude singularmente grave, a atingir a mesma região do planeta, haurindo energia no superaquecimento das águas do Mar do Caribe? O apocalipse não está mais situado num remoto marco temporal distante um século de nossos dias. Não! Tudo está ocorrendo agora e cada vez mais próximo e com intensidade maior. Nós, nossos filhos e nossos netos experimentarão o fel de nossa insanidade. A segunda ameaça é a fragilidade da Democracia Representativa. Maus exemplos geram desalento e descrédito. A generalização mancha reputações que não ostentam máculas, mas que são levianamente mal avaliadas por aqueles que se apegam às versões e desprezam análise serena dos fatos. A terceira ameaça é a obsolescência de estruturas e a quebra de paradigmas derivada de uma intensificação do ritmo e velocidade da Quarta Revolução Industrial. Inteligência artificial, Internet das Coisas, robótica, nanotecnologia, o ressurgimento da cibernética, a mutação alucinante da tecnologia impulsionada por incríveis avanços científicos, tudo atropela as verdades estabelecidas e torna o mundo cada vez mais surpreendente e inesperado. Não são todos os que se dão conta desse turbilhão. Quem se apegar ao mundo antigo e não conseguir acompanhar a marcha acelerada da História poderá sobreviver como remanescente de uma era extinta. Mas não participará da elaboração de um novo design existencial, não será protagonista dessa aventura instigante e desafiadora de oferecer uma repactuação das formas de convívio. Repactuação fundada no respeito, na capacidade de dialogar e de encarar o outro como ser provido de dignidade ínsita à espécie e, se possível for, com o ingrediente “compaixão”, de que parece estar carente boa parte da nacionalidade. voltar |
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