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Acadêmico: José Renato Nalini "A esperança é de que São Paulo continue a produzir cada vez mais ciência e seus alunos sejam criativos"
Uma escola pública estadual de São Paulo, mais exatamente de Taquarituba, leva o nome do Brasil num evento de elevado prestígio internacional. É a Escola Estadual Prof. Dimas Mozart e Silva, região de Avaré, cujos alunos Letícia Cristina de Oliveira Castro e Vinicius da Silva Ferrari representaram a equipe sob a coordenação da Professora Viviane Cristina Silva Ramos em Abu Dhabi, por ocasião do encontro com os finalistas do Prêmio Zayed de Energia do Futuro, categoria “Global High School”, promovido pelo governo dos Emirados Árabes. Desde 2013, os alunos da Escola Dimas desenvolvem projetos relacionados à sustentabilidade, como a participação na fase estadual da IV Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, com o tema “Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis”. Em 2015, os alunos do Ensino Médio representaram a escola com o projeto “Lixo não…Adubo!”, na Feira de Ciências das Escolas Estaduais Paulistas. A participação no Prêmio Zayed teve início nas aulas de Biologia e Ciências, com o debate sobre ideias, necessidades e sonhos dos alunos, no sentido de tornar sustentável a sua escola. Houve intensa participação de todos os estudantes e a elaboração do projeto levou em consideração a redução do desperdício, a melhoria da eficiência energética e a obtenção de menor consumo, a otimização do uso consciente da água, tudo com vistas a converter a escola num espaço propiciador da construção do conhecimento. Nesse sentido, propôs-se a confecção de tapetes que captam energia quando pisados (piezoelétricos), uso de placas fotovoltaicas no teto, cisterna para captação de água da chuva, construção de composteiras e ampliação da horta orgânica, revitalização dos jardins, criação da sala sustent-ação de Oficinas Sustentáveis, aquisição de balcões térmicos para o refeitório, substituição das lâmpadas incandescentes por LED, troca de torneiras e descargas, pintura e texturização da escola com tinta ecológica. Todos se envolveram: os alunos, o Grêmio Estudantil, os professores, os gestores, os funcionários e as famílias. E São Paulo inteira deve se orgulhar do êxito dos alunos da Rede Pública que representam o Brasil como finalistas do Prêmio Sheikh Zayed, considerado o “Pai da Nação”, cuja vida e obra continua a inspirar o povo dos Emirados Árabes e serve de exemplo para todas as pessoas que se preocupam com o futuro do Planeta. Foi ele o transformador do território em que se estabeleceram os Emirados Árabes Unidos em 1971, numa das mais ricas e poderosas nações da Terra. Nascido em 1918, em uma das mais ilustres famílias do mundo Árabe, o caçula de quatro filhos de um dirigente de Abu Dhabi de 1922 a 1926 e neto do Sheikh Zayed bin Khalifa, que governou o Emirado de 1855 a 1909, o mais longo reinado em mais de três séculos em que a família Al Nahyan conserva o poder. Embora possuindo enormes reservas de petróleo e gás natural, os Emirados Árabes Unidos se preocupam com a diversificação da matriz energética e propiciam estudos em todos os continentes, incentivando a juventude a elaborar projetos de sustentabilidade. Do Sheikh Zayed nasceu essa diretriz que ainda hoje perdura, doze anos após seu falecimento. Horas antes do embarque para Abu Dhabi, a professora Viviane Cristina Silva Ramos e seus alunos Letícia Cristina de Oliveira Castro e Vinícius da Silva Ferrari foram recebidos pelo Governador Geraldo Alckmin, que se congratulou com eles e com a Escola Estadual “Professor Dimas Mozart e Silva”, de Taquarituba. Também estavam presentes o Secretário de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles, que é um dos conferencistas no grande Encontro em Abu Dhabi e o Cônsul Mohame Al Dhanheri, dos Emirados Árabes, que acompanha os alunos brasileiros nesse memorável evento. A esperança é de que São Paulo continue a produzir cada vez mais ciência e seus alunos sejam criativos e levem a sério a advertência de José Graziano, Diretor Geral da ONU para a Agricultura e Alimentação-FAO: “O planeta já esgotou a cota de irracionalidade no uso de recursos finitos; a tarefa compulsória do Século XXI será viabilizar o Acordo de Paris sobre o clima, reinventar formas de viver e de produzir para além do impasse”. Fonte: Correio Popular de Campinas voltar |
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