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A GLÓRIA EM VIDA
Acadêmico: José Renato Nalini
"Aqui foi lançado o livro “Paulo Bomfim Porta-Retratos”, uma fotobiografia elaborada por Di Bonetti com “orelha” de Celso Lafer, prefácio de Luiz Gonzaga Bertelli e inúmeras fotos, entremeadas de alguns textos."

Há pouco o Príncipe dos Poetas Brasileiros, Paulo Bomfim, completou seus noventa anos. Bem comemorados, por sinal. Houve outorga da medalha com seu nome no Tribunal de Justiça, bolo na Academia Paulista de Letras, onde reina desde 1963 e uma homenagem no CIEE Centro de Integração Empresa Escola.
Aqui foi lançado o livro “Paulo Bomfim Porta-Retratos”, uma fotobiografia elaborada por Di Bonetti com “orelha” de Celso Lafer, prefácio de Luiz Gonzaga Bertelli e inúmeras fotos, entremeadas de alguns textos. Contempla-se a infância e mocidade do poeta, os laços de família, as mídias, eventos e homenagens, sua participação na Academia Paulista de Letras, o poeta e a poesia, o patriota, o Tribunal de Justiça, amizade e convivência e sua poesia musicada.
Inúmeras fotos e, dentre elas, duas me fizeram lembrar de minha cidade quando eu era adolescente. Foi um lançamento de livro de Paulo Bomfim no Clube Jundiaiense, promovido por Mariazinha Congílio. Ela foi a mulher que mais projetou Jundiaí, investindo numa promoção espontânea e sem qualquer apoio oficial. Pois em 1962, ela convidou Paulo para autografar um livro em nossa cidade. São dessa noite as fotos que Di Bonetti recolheu para a página 173 do livro iconográfico de celebração de seus noventa anos.
São duas fotos. A primeira tem o poeta a autografar um livro, apoiando-se sobre uma mesa disposta à frente do painel de Diógenes Paes à entrada da sede central do Clube. Ainda estará lá? A seu lado todas saudosas figuras jundiaienses: Nahim Pedro Kachan, a querida Chãins Miranda Duarte, os poetas Fábio Rodrigues Mendes e Judith Arruda Carretta, a primeira-dama Liliana Paschoal Venchiarutti e Mariazinha Congílio. Na segunda foto aparecem Jurandyr de Souza Lima, o “Juranda”, Maria de Lourdes Paes, a “Juquita” e novamente Chãins Miranda Duarte.
Vultos queridos, que muito fizeram por Jundiaí e de quem todos temos saudades. Naquela noite, um jovem com dezessete anos, que se iniciava na imprensa local, mereceu do poeta uma dedicatória carinhosa: “Ao meu confrade Renato Nalini, o abraço de Paulo Bomfim”.
Que bom tê-lo conosco lúcido e produtivo, empreendedor e cada dia mais poético, legendário Paulo Bomfim. Você merece esta glória quente e sincera, a glória que vale, porque entregue em pleno vigor da existência.



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