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Acadêmico: Gabriel Chalita "Nas discordâncias ideológicas em redes sociais, há agressões inimagináveis. Muitas anônimas. Covardemente anônimas. O ódio ao que ou a quem nem se conhece"
A rede informacional vem mudando nossas formas de relacionamento. As românticas cartas deram lugar aos e-mails que deram lugar às mensagens em facebook, twitter, instagram, entre outros. Os pagamentos feitos em agências bancárias deram lugar à agilidade de transferências online. As pesquisas nas velhas enciclopédias foram perdendo espaços para o google. E outros tantos caminhos poderiam ser visitados. Na medicina. Nos laboratórios e na fabricação de remédios ou carros. Nas planilhas de custos. Nos projetos. Nas escrituras de livros ou de quaisquer outras informações. Na comunicação com o outro - facetime, whatsapp, messenger - e na relação com o conhecimento. Mas essas conquistas trazem problemas. E muitos. Há um deles que vem chamando a atenção de pesquisadores do comportamento humano. O ódio na rede. O ódio na internet. Sempre ouve atiradores de pedras. Alguns se revestindo de poder religioso, outros na clandestinidade de algum grupo radical, outros no criminalidade pura de um nada puro jeito de se dar bem na vida. As pedras na internet, ou o ódio, são facilmente observáveis. Em uma notícia em um site qualquer sobre qualquer assunto, geralmente há, nos comentários dos que o visitaram, mais ódio do que generosidade. Nas discordâncias ideológicas em redes sociais, há agressões inimagináveis. Muitas anônimas. Covardemente anônimas. O ódio ao que ou a quem nem se conhece. Bauman, o sociólogo polônes, chama a isso de “ativismo de sofá”, pessoas fechadas em suas zonas de conforto que usam a rede não para unir nem para ampliar seus horizontes, mas para buscar ecos de suas vozes, reflexos de seus pensamentos: "As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha”. Tempos perdidos de quem passa tempos a expelir o seu pior. Há tratamento? Sem querer respostas apressadas, uma mera sugestão. Saia do mundo virtual, entre no mundo real e ajude alguém. A generosidade tem o poder de transformar humores e comportamentos. Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de SP) | Data: 21/10/2016 voltar |
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