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Acadêmico: José Renato Nalini É urgente fazer a criança pensar em como administrar dinheiro, além de prepará-la a obter, com seu trabalho, iniciativa, criatividade e empreendedorismo, o dinheiro de que necessitar para sobreviver.
O mundo se tornou um ambiente confuso para quem se acostumou a satisfazer todos os desejos, mas não tem condições econômicas para tanto. A era do consumismo, do egoísmo, do hedonismo e de outros “ismos” faz com que a criança pense que tudo é possível, que seus pais são obrigados a atender a qualquer exigência e que se não há dinheiro, que se utilize o cartão de crédito. Enquanto isso, a escola continua a transmitir o mesmo conteúdo que sempre transmitiu. Insiste nas aulas prelecionais, na avaliação baseada na memorização, às vezes em evidente descompasso com a vida. Compreende-se a resistência a enfrentar novos temas, pois a mudança é traumática. Inovar custa rearranjo mental, mais doloroso do que mudança física. Mas é preciso ter coragem para reconhecer que é urgente fazer com que a escola prepare para a realidade e não para o mundo que já não existe. As crianças precisam ter contato com a verdade das finanças. O Brasil não tem cultura da poupança. As pessoas pensam que nunca ficarão doentes, que nunca envelhecerão. Mas quando chega uma ou outra de tal situação, o governo estará a postos para socorrê-las. A situação calamitosa da previdência é resultado dessa falta de consciência. Só a educação poderá e isso a longo prazo corrigir a distorção. O CONEF é o Comitê Nacional de Educação Financeira, integrado por quatro órgãos reguladores financeiros: SUSEP, CVM, Banco Central e PREVIC e quatro Ministérios: Justiça, Previdência, Educação e Fazenda. Além de quatro representantes da sociedade civil: Anbima, BMF&Bovespa, CNseg e Febraban. Incumbe a esse Comitê instituir e operacionalizar a educação financeira no Brasil. É urgente fazer a criança pensar em como administrar dinheiro, além de prepará-la a obter, com seu trabalho, iniciativa, criatividade e empreendedorismo, o dinheiro de que necessitar para sobreviver. A educação financeira é mais importante do que a continuidade de transmissão de alguns conhecimentos que não serão utilizados durante a trajetória existencial do alunado. As finanças precisam ser incluídas no currículo escolar. Só essa postura mudará a cabeça do brasileiro quanto ao endividamento, quanto ao despreparo, quanto à previdência e quanto à necessidade de pensar no futuro. Como sempre, a educação é a chave de todos os problemas brasileiros, seja na visão macro, seja na visão micro. Saber ganhar e saber gastar evitaria muitos dos problemas existenciais dos brasileiros de hoje. Vamos oferecer aos de amanhã o instrumental para o enfrentamento mais saudável de tais situações que angustiam e paralisam famílias endividadas, sem recursos e sem horizontes. voltar |
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