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A ÚNICA META
Acadêmico: José Renato Nalini
"A obrigação do educador é educar-se continuamente, assumindo a estratégia de conhecer-se cada vez melhor, conhecer o mundo e só então passar a intervir na mente alheia"

A competitividade contemporânea nos impõe ritmo alucinante. Atingir escopos, perseguir metas, chegar lá. Lá onde? Píndaro observou: “Chega a ser o que és!”. O que ele quis dizer? Nascemos biologicamente depois dos nove meses de gravidez. Começamos a respirar. Deixamos o conforto cálido de um útero materno, envolvido num líquido amorável e penetramos na crua realidade. Por isso choramos ao nascer.
O enfrentamento do mundo real nos impõe outros nascimentos. Renasce-se com a educação. Educar é treinar para os desafios da existência. Desafios cruéis, pois o mundo não perdoa. Bem por isso, o projeto educacional precisa ser consistente e muito sério.
A obrigação do educador é educar-se continuamente, assumindo a estratégia de conhecer-se cada vez melhor, conhecer o mundo e só então passar a intervir na mente alheia. Mente em formação, do ser educando que é tábula rasa. Lousa vazia, na qual se escreverá uma história. Da qual o mestre é um coautor.
A política pública da educação é missão de todos, conforme o constituinte disciplinou: educação, direito de todos, mas dever do Estado, da família e da sociedade. O que se pode fazer? Muito. Mobilizar todos os recursos financeiros, materiais, mas também os intangíveis: esforço, entusiasmo, idealismo, força de vontade para gerar cada vez mais conhecimento e engajar o maior número de pessoas para promover a educação integral.
Como é gratificante verificar a boa vontade de quem quer repartir o seu conhecimento com o próximo. É um “ganha-ganha”, pois quem se propõe a ensinar, aprende com o ser educando.
A sociedade brasileira precisa acordar e levar a educação a sério. Cada um, no seu ambiente, cobrar-se mais e cobrar de quem puder o engajamento integral. Motivar os outros. Contaminar aqueles que estão inertes, adormecidos ou anestesiados. A visão que se exige do patriota hoje é ser transformador de valores e atitudes em prol da educação.
Não há lugar para o desânimo. Substituir a parêmia: “Se ficar o bicho come; se correr o bicho pega”, por um terceiro e estimulante complemento: “Se nos unirmos, o bicho foge.” É isso o que o Brasil espera de seus filhos, para o enfrentamento do árduo desafio de educar todas as criaturas. Essa a meta que o presente nos impõe.

Jornal de Jundiaí - 28-08





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