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SONETO DE ABERTURA
Acadêmico: Ives Gandra da Silva Martins
Eu faço versos, eu não sei porque Meu verso inculto é veio d’água suja, Em vez de rio cristalino, cuja Nascente o gênio, apenas, é quem vê.

Eu faço versos, eu não sei porque
Meu verso inculto é veio d’água suja,
Em vez de rio cristalino, cuja
Nascente o gênio, apenas, é quem vê.

Se eu faço versos, são para você?
Talvez o canto de seus olhos ruja,
Querendo o mar, num veio d’água suja,
E eu faço versos, eu nem sei porque.

Quem há, porém, que ao corriqueiro fuja
E, por um verso, a vida inteira dê?
Um verso rude, um verso tal, quem lê?

Que uma boiada toda, em versos, muja!
Meu verso inculto é veio d’água suja
E eu faço versos, eu nem sei porque.



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