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2/9/2022
POSSE SOLENE DA ACADÊMICA DJAMILA RIBEIRO, NA CADEIRA 28
Data histórica na Academia Paulista de Letras: uma posse retumbante de DJAMILA RIBEIRO

Setembro começou em São Paulo ao som de atabaques e euforia, porque a Cadeira 28, que pertencera à inesquecível LYGIA FAGUNDES TELLES, passou a ser ocupada por esse fenômeno chamado DJAMILA RIBEIRO. A jovem santista foi recepcionada por LEANDRO KARNAL, um dos entusiastas na campanha para ingressar na Casa de Cultura por excelência do Largo do Arouche, ora prestes a completar 113 anos de atuação em favor do idioma, da literatura, da escrita e da leitura e da disseminação do saber, principalmente para a infância e juventude brasileira. O discurso de recepção foi primoroso, com LEANDRO abordando quatro DJAMILAS, no enfoque de sua polivalência. A ativista da causa feminina, no sadio e sereno combate ao racismo, sua explosão no cenário internacional, chamada a pregar em inúmeros fóruns e premiadíssima, a escritora de obras que seduzem uma legião de leitores, agora a irradiar sua influência com a imortalidade acadêmica. DJAMILA é um paradigma para a juventude que tem todos os motivos de descrença num país que parece negligenciar educação e cultura. O empenho pessoal, ainda que heroico, é capaz de produzir milagres. DJAMILA estava esplendorosa, num vestido dourado, inspirado em Whitney Houston (1963-2012), a premiada cantora, compositora, atriz, produtora, supermodelo e empresária norte-americana, considerada pela crítica musical como a melhor cantora de todos os tempos. Tranquila, segura e cumpridora do ritual acadêmico, fez um retrospecto de sua vida, homenageando os pais e a avó, detendo-se nos antecessores da Cadeira 28. Identificou-se em muitos aspectos da hoje legendária LYGIA FAGUNDES TELLES, cuja obra e coragem cívica exaltou. Foi entusiasticamente aplaudida em pé, por longos minutos. Fiel à sua crença, o candomblé, a religião monoteísta de origem africana, ouviu a saudação do Pai Rodney, o babalorixá que a acompanha e que orienta o culto ancestral da filha de Oxóssi, o orixá de uma flecha só, que representa as florestas e o conhecimento. Toda a comunidade desse culto que devolveu a DJAMILA a crença na divindade, esteve presente e participou, fraternalmente, de uma recepção que teve acarajé e muitos acepipes, pratos típicos e um clima festivo que poucas vezes a ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS mereceu acolher. A mesa que dirigiu a solenidade de posse estava composta pelo Presidente da APL, José Renato Nalini, pelo Secretário-Geral Gabriel Chalita, pelo Secretário Antonio Penteado Mendonça, pelo Ministro e bi-acadêmico Celso Lafer, que representou a Academia Brasileira de Letras, por Leandro Karnal, o responsável pelo discurso de recepção e por DJAMILA RIBEIRO. Ela ingressou no grande auditório conduzida pelos acadêmicos Maria Adelaide do Amaral, outra das responsáveis pela campanha vitoriosa de DJAMILA e por Michel Temer, ex-Presidente da República. Dentre os acadêmicos presentes destacam-se Ignácio de Loyola Brandão, também integrante da Academia Brasileira de Letras, José Gregori, Júlio Medaglia, Mauricio de Sousa, João Lara Mesquita, José Pastore, Synesio Sampaio Góes Filho, Marcio Scavone, José de Souza Martins, Dom Fernando Antonio Figueiredo. Inúmeras autoridades estiveram presentes, como o Presidente do TRE, Desembargador Paulo Sérgio Brant de Carvalho Galizia, que foi ovacionado quando se mencionou sua responsabilidade no pleito de outubro próximo, Aline Torres, Secretária Municipal de Cultura, representando o Prefeito Ricardo Nunes, Marta Suplicy, Secretária Municipal de Relações Internacionais, o deputado federal Orlando Silva, Presidente da Comissão de Direitos Humanos, a deputada Leci Brandão, Silvia Greco, Secretária Municipal da Pessoa com deficiência, personalidades como a prestigiada escritora Conceição Evaristo, Fafá de Belém, Astrid Fontenelle, Marcela Arruda, Secretária Municipal de Gestão, Inês Maria dos Santos Coimbra, Procuradora Geral do Estado, o Cônsul Geral da França Yves Teyssier d’Orfeuil, a Cônsul Geral dos Países Baixos, Wieneke Vulling, José Vicente, Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, a desembargadora Angélica de Almeida, a juíza Ana Maria Brugim, Presidente do IPAM, Instituto Paulista de Magistrados, os juízes Ricardo Felício Scaff, Teresa Cristina Cabral Santana e Livia Antunes Caetano, mais Flávia Monteiro, considerada “irmã” de DJAMILA e Juíza de Direito no Rio Grande do Sul, a Professora Raiane Patrícia Severino Assumpção, vice-reitora no exercício da Reitoria da UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo, onde DJAMILA fez seus créditos na pós-graduação, Fábio Mariano, representando a PUC, Júlia Heimann, representando a Academia Louveirense de Letras e Artes, Fabricio Correa, presidente da Academia Joseense de Letras, grupo da Academia de Letras de Praia Grande, a Dra. Ana Rita de Moraes Nalini, Ana Rosa de Freitas Nalini, o Coronel Washington Luiz Pestana, o diretor da APL, Juarez Francisco Neto, as servidoras Vilbia Caetano, Rubenira Farias e Maria Ibrahim, além de inúmeras pessoas que lotaram o auditório e permaneceram na fila para os cumprimentos e fotos com DJAMILA até altas horas. Pessoas que atuam na defesa de nobres causas aplaudiram a novel imortal, como Patrícia Vilela Marino, cuja magnífica atuação na causa do egresso do sistema carcerário é reconhecida no Brasil e fora e Luciana Temer, presidente da Libertas, organização que defende crianças e jovens vítimas de assédio e de outros crimes sexuais. Foi uma noite mágica, a primeira em décadas, a evidenciar que a ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS é uma casa aberta à diversidade, atuante quando se trata de tornar o Brasil real aquele Brasil com o qual sonhamos e que é um centro irradiador de esperança, ingrediente que, juntamente com a ética, é deficitário em nossos dias.

Fotos de Juarez Francisco Neto.


DJAMILA com seu diploma de acadêmica da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, ao lado do Presidente RENATO NALINI, da deputada LECI BRANDÃO, de LEANDRO KARNAL e de GABRIEL CHALITA


O acadêmico da Brasileira e da Paulista, IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO, o ministro JOSÉ GREGORI e D. MARY LAFER


Dom FERNANDO ANTONIO FIGUEIREDO e MARIA ADELAIDE AMARAL


O Presidente MICHEL TEMER e JOSÉ GREGORI


JOSÉ PASTORE e JOSÉ DE SOUZA MARTINS


GABRIEL CHALITA, RENATO NALINI e ANTONIO PENTEADO MENDONÇA


DJAMILA RIBEIRO mostrando sua medalha acadêmica, junto a LECI BRANDÃO, GABRIEL CHALITA e RENATO NALINI


Pai RODNEY, homenageando DJAMILA RIBEIRO


DJAMILA RIBEIRO


DJAMILA RIBEIRO e LEANDRO KARNAL


GABRIEL CHALITA e RENATO NALINI


ANTONIO PENTEADO MENDONÇA


CELSO LAFER, bi-acadêmico -paulista e brasileira – representando a Academia Brasileira de Letras




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