MEMÓRIA
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OLIVEIRA RIBEIRO NETO
Acadêmico: Academia
NESTE PONTO FOI QUE SE distinguiu o acadêmico Oliveira Ribeiro Neto com sua longa folha de serviços em proveito da instituição nascente. Inicialmente consignemos que esse acadêmico foi alçado para um dos cargos da Diretoria no mesmo ano da sua eleição — 1935 — conservando-se, daí para a frente, em cargos de comando: Secretário-geral, Primeiro secretário, e Presidente, até 1970, quando os novos Estatutos da Academia consolidada e rica acabaram com as reeleições de acadêmicos-diretores. Com a reforma Cassiano Ricardo (1965) extinguiram-se as longas presidências e iniciou-se a era verdadeiramente democrática da história da Academia Paulista de Letras, em que é, teoricamente, facultado aos quarenta acadêmicos no gozo de suas prerrogativas a ascensão à presidência, com a vantagem não despicienda de assegurar ainda em vida de cada prócer a imortalidade do retrato a óleo na Galeria dos Presidentes, galardão que só poderá ser distribuído a mãos cheias no sistema de rodízio e de mandatos de curto prazo.

Tão freqüentes eram as comissões de Oliveira Ribeiro Neto fora de casa, para levar a palavra da Academia a auditórios distantes, que os amigos e admiradores do acadêmico itinerante folgavam de referir-se aos bons efeitos da sua aplicação "para uso externo". Brincadeira, por certo, de algum médico-escritor, dos muitos que levam para as Academias de Letras de toda a parte suas idiossincrasias profissionais, para maior diversificação daqueles encontros.

Mas, também para o gasto de casa. Já na sede nova, num programa ambicioso do presidente Aristêo Seixas, em 1960, Oliveira Ribeiro Neto sozinho ministrou dois

cursos de literatura, portuguesa e brasileira, respectivamente, oficializados pela Secretaria da Educação e com emissão de atestados de freqüência para os estudantes neles inscritos. No fim do primeiro curso, com matrícula de mais de 600 ouvintes, foram emitidos 350 atestados. Tais conferências se realizaram depois da inauguração da sede própria e do "Auditório Altino Arantes". E como retoque final destas anotações, digamos apenas que no número-índice da Revista (IV 92) o acadêmico Oliveira Ribeiro Neto é o colaborador com maior cópia de trabalhos, calculados pelo montante dos verbetes com o seu nome, só sendo ultrapassado de alguns pontos por Guilherme de Almeida, que se engalana com 108 chamadas. Todavia, neste cômputo estão incluídas referências do vasto noticiário dos jornais da terra sobre as homenagens prestadas à memória de Guilherme de Almeida por ocasião do seu falecimento.





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