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Acadêmico: José de Souza Martins
Acadêmico José de Souza Martins homenageia o colega Erwin Theodor Rosenthal, falecido em 04 de setembro de 2016 e comenta as lembranças que guardará do acadêmico.
Conhecia o Professor Erwin Theodor Rosenthal há, pelo menos, 50 anos. Conheci-o sempre dedicado ao trabalho, sempre atarefado. Nem por isso menos atencioso e menos disponível. Ele era diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP quando eu iniciava minha vida de auxiliar de ensino do Prof. Florestan Fernandes. Era o diretor em 1968 quando a Faculdade foi ocupada pelo movimento estudantil e seu gabinete foi ocupado por um tal de Zé Dirceu, aluno da PUC, líder do movimento. Depois disso, mudamos para a Cidade Universitária e vez ou outra eu o encontrava.
Conversei com ele por e-mail quando me candidatei à vaga de Inezita Barroso, na Academia. Foi quando fiquei sabendo que ele havia sido operário no Brás, como eu havia sido em São Caetano: “existem muitas semelhanças entre as minhas e as suas memórias de adolescência, no meu caso dos inícios dos anos quarenta, quando morador de Indianópolis, diariamente forçado a deslocar-me para o Brás (num dos poucos bondes “Camarão”, que cobrava 400 réis, em lugar dos 200 habituais) para trabalhar, com Carteira de Trabalho de Menor, como auxiliar de fundidor e sendo “galgado” depois de cerca de 12 meses a auxiliar de escritório, ganhando salário mínimo.”
Era o tipo de pessoa de quem ficam apenas boas lembranças.
José de Souza Martins
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