Compartilhe
Tamanho da fonte


DISCURSO DE RECEPÇÃO PELO ACADÊMICO FRANCISCO MARINS
Acadêmico: Célio Debes
"Assim, Senhor Célio Debes, prestastes tributo valioso à reconstituição da História da República quando decidistes enfrentar o problema das biografias de Campos Sales e, presentemente, a de Washington Luiz", destacou o acadêmico Francisco Marins.

Na ótica de arguto estudioso de nossa civilização os grandes países escrevem sua história nestes livros - o dos feitos reais; o das promessas e projetos irrealizados; o dos fracassos e derrotas; o das façanhas guerreiras e ou espirituais de seus homens.

Ao recapitular o passado político de S. Paulo o pesquisador estará certamente revivendo cada uma dessas fases que, em conjunto, compõe a saga do estado líder da federação.

No discurso que acabais de pronunciar, como novo recipiendário da Academia Paulista de Letras e, obediente às regras tradicionais, relembrastes Senhor, Célio Debes, os nomes ilustres ligados à cadeira nº 4 que ides ocupar, desde Anchieta, cujo maior conhecedor é o nosso acadêmico Pe. Viotti até Monsenhor Primo Vieira. E, ao perfazerdes esse retrospecto, vimos quão à vontade estáveis a remar, por assim dizer, em vossas próprias águas, aquelas que bem conheceis, como pesquisador e biógrafo dos mais seguros e cujos dotes, reconhecidos, conduzem-vos a fazer parte desta instituição cultural que, por seus pares, concedem-me a honra de receber-vos e a dar-vos as boas vindas, como seu novo membro efetivo.

Bem fizestes, digo-o, em pôr a destaque no rol dos antecessores as figuras de J.J. de Carvalho e Goffredo da Silva Telles, sem cujos trabalhos e antevisão do futuro não estaríamos hoje, neste recinto, a desfiar lembranças, e a recordar fatos e figuras que se confundem com os ideais e a glória de S. Paulo.

Escolhestes, também, para vossos escritos, a fascinante e intrincada história política dos últimos decênios da República, desafiando um certo tabu, o do passado próximo, sobre o qual, na opinião de Amaral Lapa (1), rareiam os cultores pois, em verdade, há ainda bem pouco tempo, sobre a fase republicana podíamos contar apenas com o livro de José Maria Belo!

E que de razões para os historiadores fugirem ao tema?

Nosso confrade Odilon Nogueira de Matos aventa a hipótese de ausência de fontes e à clássica excusa da historiografia alemã - a de perspectivas limitadas do tempo.

Uma consulta hoje, entretanto, ao catálogo de editores nacionais revelará que, afortunadamente alguns autores enfrentam os desafios das décadas posteriores aos anos trinta, de guinadas decisivas do país nos campos cultural, econômico, político e social, pois, tal como vislumbrara para seu país Ortega e Gasset, também o Brasil, em sua composição política não "passava de uma série de compartimentos estanques a aspiar à integração das classes e dos grupos numa sociedade nacional" (2). É que a nação tentava sobreviver, após o desastre, de reflexos universais, da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, causadora do craque da cafeicultura brasileira e que levaria nosso país a enfrentar os desafios de movimentos e idéias, que lhe mudariam o perfil político e a estrutura social: surto industrial, legislação trabalhista, sindicalismo, crescimento das megalópoles à custa do despovoamento dos campos; e, ainda, outras transformações sequentes a acontecimentos anteriores: o ciclo das revoluções, a Coluna Prestes, a Semana de Arte Moderna, e os que se lhe seguiram - eras Vargas e Juscelino, temas que Sergio Buarque de Holanda, membro desta Academia pretendia elencar, em obra ambiciosa que ficou, infelizmente inacabada.

É justa, entretanto, a menção de muitos nomes que trouxeram valiosos subsídios aos estudos dessa fase: Nelson Werneck Sodré, J. Cruz Costa, Hélio Silva, Edgard Carone, Aureliano Leite, Paulo Nogueira Filho, Afonso Arinos de Melo Franco, Boris Fausto, Leôncio Bausbaum, como não podemos omitir os livros de memórias, entre os quais - os de mestre Miguel Reale, também combatente de 32, que faz avançar no tempo, a visão histórica do nosso quadro político-social.

Ao verificarmos a lista de vossos trabalhos, Senhor recipiendário, deparamo-nos com preciosos volumes: "A Caminho do Oeste" - em que traçais a história das ferrovias: Paulista, Sorocabana, Mogiana e Ituana - obras fantásticas e fatores de imenso progresso para o país construídas, para orgulho de S. Paulo do café, sem um tostão do Governo Federal. E, também, escrevestes: "O Partido Republicano na Propaganda", o qual talvez vos tenha despertado o apetite para a alentada biografia de Campos Sales e, ainda, "Julio Prestes e a Primeira República" e, finalmente, a ambiciosa "Washington Luiz", à qual ainda nos referiremos.

Integram, também vossa biografia, numerosos artigos de imprensa, conferências, prefácios e introduções, a revelarem o estudioso e o pesquisador, capaz de dar vida a temas aparentemente áridos e, em bom padrão de nossa língua, o que nem sempre constitui apanágio dos historiadores.

É conhecida a determinação do povo francês em bem estudar e valorizar a história da França. Esta tendência se reacendeu quando da recente comemoração do bicentenário da Revolução Francesa, evento que já não é mais daquele país, mas da humanidade. A imprensa, a sociedade e muitos escritores se manifestaram e, surpreendentemente, condenaram o genocídio pelos aspectos de violência e, em contraposição, destacaram os principais personagens que afloraram naqueles dias de tumulto e sangue: Carnet, Robespierre, Mirabeau, Dariton, Billand - Varente, Sade. E, dentre todos, sobressairia, inclusive pela opinião de Eugène Ionesco - o jovem Camille Desmoulins.

Ao reviver-se a história das revoluções ou das batalhas de S. Paulo, com apoio nos escritos de Hernâni Donato, sabedor de quantas e como foram elas, certamente não emergirá de cada episódio ou período, como acontece em outros países, figuras lendárias - como as de Napoleão, Lincoln, Nelson, Pedro-o-Grande. Entre nós os feitos anônimos de muitos eclipsaram em conjunto as glórias de poucos, fazendo sobreviver, principalmente, o conteúdo de ideal e de sonho, "estimulantes maiores da ação", como diria Steimbeck (3). Assim, poucos nomes dos que comandaram ou foram às trincheiras em 24, 30, 32 se sobrepõem ao próprio feito ou aos ideários que a inspiraram. E, quanto a estes e de sua carga e conteúdo de esperanças foram pregoeiros - poetas, jornalistas e escritores com assento nas cadeiras desta Casa.

Assim, Senhor Célio Debes, prestastes tributo valioso à reconstituição da História da República quando decidistes enfrentar o problema das biografias de Campos Sales e, presentemente, a de Washington Luiz. Este era o único dos presidentes ainda não contemplado com um estudo abrangente. Estimulado por Myriam Ellis e com o apoio de Victor Luiz e Caio Luiz Pereira de Sousa, mergulhastes com decisão nos documentos de arquivos, embora faltasse um deles, dos mais preciosos, devassado e destruído pelos fâmulos da ditadura getulitária, a impor ao grande brasileiro anos de exílio, os quais, por sua decisão pessoal se extenderiam a dezessete, dois a mais que o "curto período" do regime autocrático, que tanto castigou o Brasil. E, de regresso, o Autor de "Capitania de S. Paulo", ocupante de nossa cadeira nº 3, avançado em idade, viu consagrada boa parte da obra que realizara, embora não conseguisse desmistificar algumas das pechas com que seus inimigos tentaram justificar a forma pela qual o apearam do poder, a apenas vinte e um dia do término de seu mandato.

São sempre atuais os versos de Camões - construtor maior da homofonia da língua:

"Nascem da tirania inimícias"

.... ....... ............ ............ ..........

"Simulando justiça e integridade;

Da feia tirania e de aspereza

Fazem direito e vã severidade;

Leis em favor do rei se estabelecem,

As em favor do povo só padecem" (4)

V.Excia. - sr. Célio Debes neste livro, ainda incompleto, mas que se nos afigura da maior importância para reconstituir-se um dos períodos cruciais da vida política de S. Paulo destaca, na biografia de Washington Luiz, três partes: ascensão, fastígio e consagração. E, diante do assunto intrincado, estais revestido da modéstia dos estudiosos conscientes, a de que - são palavras vossas: "nos estudos históricos, por mais rigorosos e honestos que sejam, o máximo que se logra é a verdade relativa, pois a verdade ideal, dificilmente é alcançada". Mas, estais cheio de coragem pois, se a primeira parte já alcança 366 páginas, pressupõe-se que, com as duas outras, teremos um "tijolão", a exemplo dos recentes lançamentos sobre Assis Chateaubriand, de Fernando Moraes, e "A lâmpada da Popa" de Roberto Campos. Que Deus lhe dê saúde e disposição para esse conturbenio com o tema desafiador, bem como o apoio do clã familiar, todos tão necessários em tais circunstâncias.

Em alguns capítulos do primeiro volume V. Excia. refere-se a duas aleivosias que procuram denegrir a glória do biografado. Quanto à primeira, mereceria ser seguida da palavra latina "sic", indicativa do espanto que hoje nos causa, o de tentarem desprestigiar o Presidente, chamando-lhe "doutor estradeiro", como se abrir caminhos fosse grave crime! A segunda foi a mentirosa insinuação de tratar a questão operária como de ordem pública, ou caso de polícia!

Esta soes invectiva, difundida de forma solerte, contribuiria para difamá-lo no país e no exterior, à época em que se principiava a dar relevo ao social, sempre enfatizado, nas campanhas e projetos políticos demagógicos, como acontece até em nossos dias.

Mas, a despeito da seriedade das contestações, por parte de respeitáveis juristas, entre os quais Evaristo de Moraes tal como no sermão de S. Francisco de Assis, o mal da difamação estava feito e grassaria avassalador. Tinha antecedentes semelhantes - as cartas apócrifas do quadriênio Bernardes e haveria de comportar recidivas futuras, - o propalado separatismo de direita da Revolução de 32; o caso "marmiteiro", a derrubar a candidatura Eduardo Gomes à Presidência; a importância do episódio da rua Toneleiros no suicídio de Vargas!

Paulo Nogueira Filho, historiador da "Guerra Civil Brasileira de 32" como a nomeou o brasilianista Stanley Hilton, ao receber Fernando de Azevedo nesta Academia, disse que a expressão incriminada jamais fora pronunciada pelo ilustre brasileiro. Culpado pela maldosa interpretação seria a pena jornalística de Amadeu Amaral, nosso ex-Presidente.

Honório de Sylos, cujo nome evocamos com saudade e admiração, impertérrito defensor das glórias de S.Paulo, integrante do secretariado de Julio Prestes, colocou-se também entre os defensores de Washington Luiz, da aleivosia de inimigo dos trabalhadores. Pelo contrário seria ele dos primeiros a defender as conquistas sociais e a de participação dos obreiros no lucro das empresas. Mas Honório também descria do sucesso de quantos tentavam reparar a verdade, naquelas circunstâncias. Homem espirituoso e amigo das anedotas e ditos chistosos, colecionou alguns em um capítulo de seu livro, predominantemente de ensaios sobre personagens da política e sobre o escritor Euclides da Cunha, uma de suas paixões, denominado "Gente & Fatos", o qual tivemos a honra de prefaciar. Honório de Sylos refere-se à dificuldade de mudar a opinião do povo com referência a episódios ocorridos ou atribuídos a personagens eminentes, quando aleivosamente disseminados, pois, a versão sempre sobreporia aos fatos e, também, a respeito da inutilidade dos desmentidos da imprensa, quando a emenda ficaria pior que o soneto. Cita, então, o ocorrido com Guilherme de Almeida que, ao publicar seu livro "Poetas de França" viu, com espanto, em letras garrafais, a imprensa anunciar:

"Nas livrarias o livro: Poetas de Franca".

Energicamente o vate de "Nós" reclama do jornal que, em edição matutina, imediatamente pretende corrigir o lapso, com o mesmo destaque:

"O sr. Guilherme de Almeida acaba de publicar um grande livro: Poetas de Trança".

E, a propósito dos erros de imprensa e, para amenizar a seriedade desta sessão, Honório, que também foi combatente das trincheiras de 32, e nunca perdoou os que tentaram denegrir as glórias de S.Paulo, refere-se, com muita graça, ao "pastel" de uma folha do Rio de Janeiro, ao tempo do Segundo Reinado, que assim escreveu:

"O sr. Chefe do Gabinete deixou ontem o Ministério, às 4 horas, com duas muletas, recolhendo-se à sua residência" .

Circulando o jornal pela manhã, foi um rebuliço. O Imperador manda um ajudante em visita ao Ministério. O Senado nomeia comissão para formular a S.Excia. votos de breve restabelecimento. Parlamentares têm pressa em saber como passava o ilustre político, provavelmente acidentado.

Lendo a notícia, estarrecido, o chefe de Gabinete pediu providências para a necessária retificação, pois deixara ele a repartição, em perfeita saúde, portando duas "maletas" e não duas "muletas".

No dia seguinte o jornal divulgou a corrigenda exigida, destacando:

"A propósito de nossa notícia, envolvendo o digno sr. Chefe de Gabinete, temos a informar que S.Excia. deixou o Ministério, anteontem, à tarde, não com "duas muletas", mas, sim, com duas "mulatas..."

O acadêmico Mário Donato, grande romancista de "Madrugada sem Deus", ao tomar posse de sua cadeira, disse que ela cheirava a pólvora, tanto os antecessores guerreiros. Lygia Fagundes Telles viu, na sua, o cheiro de tinta dos jornais. A cadeira nº 4 poderia, certamente, lembrar a naftalina dos arquivos e bibliotecas. Nela se assentaram o poeta Ciro Costa, e o estudioso Antonio DElia, além do bibliófilo e historiador Rubens Borba de Moraes, prócer de uma das mais importantes revoluções culturais - a Semana de Arte Moderna, companheiro de Menotti Del Picchia, Cassiano Ricardo, Cândido Mota Filho, Plínio Salgado a qual, entre tantos objetivos, também preconizava incentivo às edições e à arte brasileiras. Estes antigos ocupantes de cadeiras desta Casa infelizmente não viram o acontecimento de repercussão internacional - a 15ª Bienal do Livro do Ibirapuera, que reuniu cerca de 1.200.000 visitantes e teve continuidade na mostra e painéis sobre a literatura brasileira, na última Feira do Livro em Frankfurt, a mais importante do mundo e nem os srs. Assis Chateaubriand, Cicilo Matarazzo, Pietro Maria Bardi, Sergio Milliet, ou José Geraldo Vieira, pioneiros da divulgação da arte, poderiam prever os sucessos das últimas mostras do MASP.

.............................

"Que o chamado de um verso te alimente"

..........................................................

"Na esquina de um poema hás de encontrar

A ventura tão cedo pressentida

E em rima rama inventaras teu lar

E em rumo remo o navegar da vida"

São versos dos admiráveis sonetos de Paulo Bomfim, de "Súdito da Noite", a reviverem, na Academia de hoje, a tradição - nonagenária de morada da poesia - onde convivem poetas contemporâneos, que foram ou não participantes da geração de 45; morada de escritores, morada de jornalistas, de cronistas, de oradores, de mestres universitários e de historiadores. Quanto a estes, já se disse apropriadamente, que nenhum Instituto Histórico do Brasil teve em seus quadros tantos cultores da História quanto a Academia Paulista de Letras (5) .

Entre eles, por justos títulos, ireis assentar!

Desejo referir-me, ainda, a um encontro, talvez dos primeiros, que tivemos com o então estudante de Direito Célio Debes. Viviam-se os agitados anos dos meados da década de 40 quando, no Largo São Francisco, os acadêmicos, ao se contraporem aos desmandos da ditadura Vargas, eram vítimas de agressões dos cavalarianos da polícia política. Numa tarde, após escaparmos aos confrontos e em busca de refúgio seguro, conduzidos pelo saudoso Carlos Amorim, fugimos: Aloysio Ferraz Pereira, Orlando Giovannetti, Haroldo Santos Abreu, Egberto Maia Luz, lá pelos lados da rua Bela Cintra e entramos, esbaforidos, no recinto da biblioteca de Cory Gomes de Amorim, advogado e estudioso do Direito, que muito estimulava os jovens e possuía precioso acervo de mais de 15.000 volumes, continuamente consultado por catedráticos de nossa Faculdade, entre os quais Alfredo Buzaid, que à época buscara fontes para seu brilhante concurso de Processo Civil. Lá encontramos Célio Debes, nosso ex-calouro, jovem magro, bigode escuro, cabelos pretos e lisos, mas que não estava no local certamente para compulsar os incunábulos.

A nossa querida Consuelo Amorim, companheira de minha irmã Amélia e amiga de Elvira, desde os tempos de Botucatu, com raízes ancestrais na Avaré de Israel Dias Novaes, futura esposa e incentivadora do jovem estudante, era o motivo sentimental de sua presença. Face à sua condição de calouro, Célio Debes comportou-se como deveria, respeitoso e dócil com os veteranos, mas afável, como de seu feitio. Posteriormente, saídos da Faculdade, passamos a admirar-lhe os escritos de imprensa, sobre temas históricos e problemas brasileiros e a aplaudir-lhe o ingresso no prestigioso Instituto Histórico e Geográfico e, em outras associações culturais, atentas a sócios capazes de engrandecê-las. Evidentemente em nós ficaria a pergunta - até que ponto o contato com tantos livros e com os frequentadores da biblioteca de seu futuro sogro teriam estimulado o pendor do nosso recipiendário, pelos estudos, a que haveria de se dedicar, com tanto empenho e arte?

Para encerrarmos:

A Academia Paulista de Letras atenta aos princípios de seus estatutos - de cultivo da língua e da literatura - sempre prestou tributo ao vate símbolo da raça portuguesa que, como Dante Alighieri em relação à língua italiana, construiu com os "Lusíadas", a base de nosso idioma, e marcou o início da lusofonia, hoje com mais de duzentos milhões de falantes. Persistiu ainda, como bem lembrou Soares Amora - em verdadeiros exercícios de "Camonologia". Sim, desde Sílvio de Almeida, Otoniel Mota e, atualmente, pelo nosso Presidente, por Miguel Reale, por João de Scantimburgo com seu admirável- "A Filosofia Política de Camões", tais estudos vêm sendo revigorados. É que Camões seria modelo e inspirador não só para os poetas, mas ainda e muito, para os que se dedicam a outros ramos do pensamento e do saber.

O nosso inesquecível Péricles Eugênio da Silva Ramos, no prefácio das "Bucólicas" de Virgílio, que traduziu com perfeição, ao se referir ao arcadismo e lembrando-se das eclogas e da expressão "Libertas quae sera tamen" - disse que, entre nós - literatura e história do Brasil sempre se deram as mãos.

Estudando e escrevendo sobre o passado e os que fizeram a História e, exercitando-a como ciência, pela investigação consciente das fontes e percorrendo seus quase indecifráveis labirintos, sempre em linguagem escorreita e elegante - por tudo conquistasteis Senhor Célio Debes - a honra de pertencer a esta Academia em cujo pórtico, por determinação dos acadêmicos que nela de assentam - inscrevemos - numa placa simbólica, mas com as cores da admiração e da confiança em vossos trabalhos Sede Bem-Vindo!

Notas:

(1) Amaral Lapa: História Política da República

(2) Ortega e Gasset: "A Aventura da Razão" - Gilberto Mello Kujawiski

(3) "As Vinhas da Ira".

(4) "Os Lusíadas"

(5) Odilon Nogueira de Matos - Discurso de Posse



voltar




 
Largo do Arouche, 312 / 324 • CEP: 01219-000 • São Paulo • SP • Brasil • Telefone: 11 3331-7222 / 3331-7401 / 3331-1562.
Imagem de um cadeado  Política de privacidade.