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![]() Acadêmico: Antonio Penteado Mendonça No mercado segurador, a inteligência artificial é usada em diferentes processos, em áreas como aceitação de riscos, regulação de sinistros e tarefas administrativas
O seguro e a inteligência artificial A bola da vez é a inteligência artificial. Ela é a mudança de paradigma na vida das pessoas. Inteligência artificial é tudo, para o bem e para o mal. Da mesma forma que ela pode construir, pode destruir e tem gente que já imagina a inteligência artificial se autogovernando, sem receber ou aceitar instruções humanas, e, num belo dia, apertar o botão do fim do mundo, acionar as armas nucleares utilizadas como dissuasão, não como possibilidade concreta, capaz de desencadear a última guerra. Como trailer, sugiro assistirem “2001, Uma Odisseia no Espaço”. Lá está o confronto entre o ser humano e a máquina, uma pré-estreia da inteligência artificial. A inteligência artificial já é rotineiramente utilizada para uma série de tarefas, desde escrever e traduzir textos, até fazer pesquisas e responder questões de alta complexidade. Ela é uma ameaça para algumas profissões? Sem dúvida, atividades atualmente presentes nas rotinas do mundo tendem a perder espaço para a inteligência artificial, especialmente aquelas dependentes de processo repetitivos, como por exemplo, laudar exames médicos, ou processos jurídicos massificados, nos quais só mudam as partes. No mercado segurador a inteligência artificial é utilizada em diferentes processos, em áreas como aceitação de riscos, regulação de sinistros, tarefas administrativas, etc. Não tem mais novidade, ela veio para ficar, seu uso além de baratear a operação, garante um grau de eficiência muito mais apurado, reduzindo erros e perdas e cortando custos de forma geral. Mas a inteligência artificial segue em frente. A inteligência artificial generativa é a próxima fronteira. Em pouco tempo, ela deve modificar bastante tudo que é feito hoje, inclusive o uso da inteligência artificial tradicional. A inteligência artificial generativa é uma área da inteligência artificial que foca a criação de conteúdos - imagens, vídeos, textos, códigos, músicas - a partir de grandes conjuntos de dados. Ao contrário de outras formas de inteligência artificial que analisam e interpretam dados existentes, a inteligência artificial generativa aprende com esses dados e desenvolve algo novo. É por aí que nós vamos, com o mercado segurador dando os primeiros passos desta caminhada. Faz pouco tempo, tive a oportunidade de ter uma longa conversa com Tanguy Catlin, Sócio Sênior da Mc Kinsey, em Boston (Estados Unidos), líder de seguros de uma das mais conceituadas consultorias empresariais do mundo. O tema foi a inteligência artificial, especialmente a generativa, e o que ela pode fazer de bom e de ruim no mercado de seguros. A utilização da inteligência artificial generativa ainda está no começo e ela vai modificar radicalmente o desenho da atividade. É certo que com seu uso as seguradoras poderão ter uma relação mais amigável com os segurados. Através do contato direto poderão desenhar produtos individualizados, aprimorar a gestão, imprimir velocidade e reduzir preços. A inteligência artificial generativa vai impactar os produtos, a distribuição e as relações de resseguro, mas, hoje, a única certeza é que nós não sabemos como isso vai acontecer. Publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 09 06 2025 ![]() ![]() |
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