|
||||
| ||||
Acadêmico: Dom Fernando Antônio Figueiredo É Natal! Qual prelúdio da Ressurreição, resplandece a brilhante luz da esperança!
O sol inundava os vales, quebrando o frio de uma manhã de inverno. Pelas veredas da planície de Rieti, proveniente do monte Alverne, caminhava Francisco, que trazia em seu peito e em suas mãos as chagas, marcas do seu amor ao Cristo crucificado. No desejo de vivenciar o mistério do nascimento de Jesus, Francisco se dirige ao povoado de Greccio. A um amigo de nome João, ele pede para preparar o ambiente da celebração: “Quero lembrar-me do Menino que nasceu em Belém, os apertos que passou e ver, com os próprios olhos, como Ele ficou, reclinado no presépio, em cima da palha, entre o boi e o jumentinho”. Eis o primeiro presépio! Os sinos tangem! Camponeses, homens e mulheres, pastores e servos, com tochas, iluminam a noite. Ao lado do presépio, de pé, Francisco canta o Evangelho, os frades entoam hinos e louvores, anunciando as maravilhas do Menino, o Messias, o Filho muito amado do Pai celestial, que, sendo Deus, eternamente Deus, nasceu de Maria. Ele não é um homem que se tornou Deus, mas um Deus, que, no seu infinito amor, veio até nós para nos tornar participantes da vida divina. Santo Agostinho exclamará: “Desperta, ó homem, por tua causa Deus se fez homem!”. Em uníssono, as vozes se elevam: “Alegrai-vos, nasceu-vos o Salvador!”. Os olhos de Francisco passeiam pelos fiéis, consolando a todos com suaves palavras e sorrisos de paz. Na manjedoura, a criança, de braços abertos, acolhia a todos, ninguém Lhe era estranho. O presépio, em toda a sua singeleza, proclama que o Menino de Belém, o Filho de Deus, coexiste conosco, presente em nossa vida. Mais que uma mensagem particular, para um momento determinado da história, é o amor de um Deus, que desvela o sentido da vida e sua plena realização. As trevas do ódio e da injustiça são esconjuradas; a misericórdia e a bondade se tornam perpétua epifania do Deus de amor no coração dos “homens de boa vontade”. É Natal! Qual prelúdio da Ressurreição, resplandece a brilhante luz da esperança! Amigos da Academia Paulista de Letras, abençoado Natal e feliz novo Ano! Que a Verdade nos conduza à adequada realidade humana da paz, da justiça e da fraternidade! voltar |
||||
Largo do Arouche, 312 / 324 • CEP: 01219-000 • São Paulo • SP • Brasil • Telefone: 11 3331-7222 / 3331-7401 / 3331-1562. |