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Acadêmico: Antonio Penteado Mendonça Ao longo da semana, a Conseguro colocou na mesa, ou melhor, nas telas, os pontos mais relevantes para o setor de seguros. E apresentou abordagens modernas para explicar cada um deles, suas origens, desdobramentos e consequências.
A Décima Conseguro bombou. Ao longo da semana passada, mais de três mil pessoas participaram do evento, que começou quente, seguiu acelerado e acabou fervendo. Tem quem vai dizer que o sucesso foi empurrado pelo confinamento e a necessidade das pessoas encontrarem com outras pessoas para se sentirem vivas. Ninguém discute que o confinamento por mais de ano e meio, em decorrência da covid19, tem peso na reunião de pessoas há muito tempo isoladas. O ser humano é um animal gregário e a distância provocada pela pandemia tem impacto positivo na realização de eventos de todos os tipos, à distância ou presenciais. Nós queremos ouvir e ver os outros, queremos sentir que somos parte da comunidade em que vivemos, que não fomos esquecidos e que, de uma forma ou de outra, temos capacidade para repartir, compartilhar, caminhar juntos e, no fim do dia, dizer: “fizemos bem-feito”. Mas a Conseguro foi além disto. Ela foi um sucesso porque focou os temas corretos. O que precisava ser discutido e assimilado. As arestas nos barrancos das estradas e as curvas do rio, com as tranqueiras criando rodamoinhos, que precisavam ser ultrapassados. Ao longo da semana, a Conseguro colocou na mesa, ou melhor, nas telas, os pontos mais relevantes para o setor de seguros. E apresentou abordagens modernas para explicar cada um deles, suas origens, desdobramentos e consequências. Especialistas de diferentes segmentos, com formação seguindo diferentes correntes socioeconômicas, colocaram seus enfoques e deram os subsídios necessários para o entendimento das múltiplas alternativas que, juntas, levam à convergência necessária para dar um desenho mais consistente ao atual estado do setor e às possibilidades que se abrem à frente. Especialistas em seguros, em economia, em comunicação, em avaliação de riscos, profissionais de seguradoras, de corretoras de seguros, de insurtechs, autoridades e funcionários do governo, sucessivamente, expuseram seus pontos de vista e as razões que os embasam, formando uma ampla malha com as informações e reflexões indispensáveis para moldar o quadro macro do qual cada um retira suas conclusões para suas situações específicas. Tendo o quadro geral mais claro é muito mais fácil planejar, encontrar caminhos, definir prioridades e adotar as medidas necessárias à implementação do plano estratégico e das ações táticas sem as quais não há como fazer o desenho ficar em pé. As discussões provocadas pela Conseguro acontecem num momento crucial para a definição das ações a serem implementadas. E elas não serão unânimes, nem as mesmas adotadas por todos os players do setor de seguros. As dificuldades que ameaçam a economia nacional começam na inflação, que faz que vai escapar e que já chega a dois dígitos e várias capitais; passa pela elevação dos juros; leva em conta o desemprego, a desigualdade social e a carestia que assola milhões de famílias, diretamente atingidas pelos efeitos da pandemia. Mas a leitura desse quadro não é semelhante, nem será a mesma feita pelos diferentes executivos encarregados das milhares de empresas e pessoas direta e indiretamente envolvidas com a atividade seguradora. É aí que a contribuição de um evento como a Conseguro não tem preço. Dada a abrangência dos painéis, as discussões abrem espaço inédito para reforçar pontos de vista, validar pesquisas e certezas que levarão à tomada de decisão sobre os próximos passos e os passos não tão próximos, que darão sustentação às ações dos diferentes agentes do setor. A Conseguro é um sucesso desde sua primeira edição. Mas este ano, no formato digital, ela conseguiu ir um passo além do desenho tradicional. Ela democratizou a disseminação do conhecimento, trazendo para dentro de sua órbita centenas de novos profissionais que até agora não tinham acesso a informações fundamentais para sua formação e, ainda mais relevante, aos dados mais acurados a respeito do setor, sem os quais a tomada de decisão fica seriamente comprometida. Parabéns, Conseguro, a lição de casa foi mais do que bem-feita. Publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 04 de outubro de 2021. voltar |
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