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Acadêmico: Dom Fernando Antônio Figueiredo Reflexão do Evangelho
“Alegrem-se os céus, rejubile a terra! ” (Sl 95,11). O nascido da Virgem Maria, o Messias, é o Filho muito amado do Pai celestial, que, sem deixar de ser Deus, se tornou verdadeiramente homem. Em seu amor infinito, Deus se dignou escolher uma família, humilde, trabalhadora e piedosa, de uma região simples, afastada dos agitados caminhos da história: o pequeno vilarejo de Nazaré. Lá, Jesus viveu a maior parte de sua vida, no carinho e no amor de uma família, certamente, deslumbrado com as montanhas azuis, as belas colinas e os campos cultivados dos arredores. S. Francisco de Assis celebrava o Natal do Menino Jesus, com incrível alegria, mais que todas as outras solenidades. Certa feita, três anos antes de sua morte, no povoado de Greccio, ele pede a um homem chamado João, que lhe tinha grande amizade, para preparar a celebração do Natal. Dizia-lhe: “Quero lembrar o Menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver, com os próprios olhos, como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”. O bom e fiel amigo preparou tudo como ele lhe tinha indicado: surgiu, assim, o primeiro presépio. Em ambiente de festa, tangem os sinos da planície. De pé, junto ao estábulo, Francisco de Assis proclama o Evangelho, que fala do pobre albergue onde repousaram José e a Virgem Maria. Após a leitura, suas palavras consolam os aflitos, comunicam esperança aos desalentados e alimentam a caridade e a doçura no coração de cada um, que, em sua individualidade única e irrepetível, é exortado a caminhar em direção a Deus. O presépio, mais do que uma manifestação do Absoluto na história, proclama, em toda a sua singeleza, que o Menino de Belém é o Absoluto, que se torna uma realidade histórica, e passa a coexistir conosco. Naquela pequena gruta, a mensagem do Menino não é uma mensagem particular, para um momento determinado da história, mas é o desvelamento do mistério do amor de um Deus, que se constitui para nós sentido de vida e plena realização. A Criança, de braços abertos, abraça a todos, quer saibam ou não, pois ninguém lhe é estranho. Convocados a esconjurar da alma as trevas do ódio e da injustiça, sentimos a graça própria da festa: a presença, sempre inédita, do amor de Cristo em nós e na comunidade dos irmãos. Enquanto a história da humanidade permanecer inacabada, o mistério do Menino de Belém permanece presente: é a perpétua epifania de Deus em nossa vida. Alegremo-nos! Qual prelúdio da Ressurreição, as trevas se dissipam e a brilhante luz da esperança resplandece na história humana! Caríssimos amigos, neste final de ano, que a luz divina ilumine a sua vida e a de seus familiares! Feliz e abençoado Natal, e esperançoso ano de 2019! +Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm voltar |
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