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cadeira nº 13
Patrono: Alexandre de Gusmão Fundador: Erasmo Braga Aniversário: 25/6/1940 Data de posse: 19/4/2018 João Carlos Martins (1940) é um pianista e também maestro brasileiro, considerado um dos maiores interpretes de Bach. João Carlos Martins (1940) nasceu em São Paulo, no dia 25 de junho de 1940. Filho do pianista José Eduardo Martins, com oito anos começou a estudar piano no Liceu Pasteur. Na adolescência, já tinha fama mundial como um inventivo intérprete de Bach. Com 21 anos, fez sua estreia no Carnegie Hall, com lotação esgotada. Tocou com grandes orquestras americanas, gravou a obra completa de Bach, para piano. Em 1966, jogando futebol no Central Park, em Nova York, caiu sobre uma pedra e machucou o nervo ulnar, na altura do cotovelo direito, provocando atrofia em três dedos. Em 1970, com o problema agravado, abandonou o piano. Voltou para o Brasil e tornou-se empresário esportivo. Patrocinou a reconquista do título mundial de Eder Jofre. Envolveu-se em um escândalo na arrecadação da campanha de Paulo Maluf. Oito anos depois, com muita fisioterapia, estava de volta ao piano. Em 1985, outro problema na mão direita o fez parar mais uma vez, só retornando aos palcos em 1993. Dois anos mais tarde, num assalto em Sófia, na Bulgária, onde gravava a obra de Bach, recebeu uma pancada com uma barra de ferro na cabeça. A lesão cerebral afetou a outra mão. Com operações e fisioterapia, tocou até 2002, quando, com dores insuportáveis, interrompeu a carreira. Outro sofrimento surgiu com um tumor na mão esquerda, seguido da doença de Dupuytren, contratura na qual os dedos não ficam plenamente estendidos e tendem a se flexionar em direção à palma da mão, que impossibilitava tocar profissionalmente. Depois de 20 cirurgias para tentar recuperar o movimento das mãos e seis interrupções na carreira, problemas neurológicos o obrigaram a abandonar o piano e se dedicar à regência. Como as complicações neurológicas limitavam o movimento dos braços e impediam-no de virar uma página de partitura e segurar a batuta, iniciou seus estudos de regência e virou o jogo, passou a reger com gestos elétricos, não usa batuta e decora as partituras. Apresentou-se em Londres, Paris e Bruxelas como regente convidado, realizando aplaudidas apresentações. Na carreira de maestro, ele criou uma orquestra de profissionais e outra de jovens talentos, alguns dos quais recrutados na periferia de São Paulo. Mais tarde, fundiu-se na atual Filarmônica Bachiana SESI-SP. Ao conciliar a regência com o trabalho social, ensinando música a jovens, o maestro resgatou a si mesmo. Em 2007 e 2008, se apresentou no Carnegie Hall, com sua Bachiana. No dia 19 de setembro de 2010, retornou a Nova York, na sua mais nova encarnação, a de maestro, regendo a Bachiana Filarmônica, no Lincoln Center, com a participação do pianista Artur Moreira Lima. A crítica do New York Time elogiou a orquestra e atribuiu-lhe um adjetivo que o envaideceu: “o indomável”. Em 2012, João Carlos Martins se submeteu a uma cirurgia no cérebro para a implantação de eletrodos, com um estimulante eletrônico no peito, com a função de recuperar os movimentos da mão esquerda. Em 10 de junho de 2014, recebeu o título de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em Portugal. Fonte: https://www.ebiografia.com/joao_carlos_martins/ voltar |
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