cadeira nº 1
JOSÉ BENEDICTO SILVEIRA PEIXOTO

Patrono: José Joaquim Machado de Oliveira
Aniversário: 14/3/1909
Data de posse: 18/10/1990

Nasceu em São Paulo, aos 14 de março de 1909 na chácara de seu avô, à Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, em frente à Condessa de São Joaquim. Filho do Prof. Pio Telles Peixoto e de d. Maria da Paixão Silveira Peixoto. Com meses de idade, foi para Tremembé (Vale do Paraíba), onde seu pai regia uma escolinha primária. Não demorou, mudaram-se para Taubaté, onde seu pai foi promovido a diretor do Grupo Escolar Lopes Chaves. Eis porque declarava-se paulistaubetano.
Jornalista desde os 15 anos, quando escreveu um conto publicado pelo "O Libertário", taubateano e oposicionista (o que muito o agradava: libertário e oposicionista). Aos 16 anos, iniciava-se na "A Gazeta". Teve de voltar para Taubaté; depois andou por Araçatuba e Pirajú - terras de "clima quente"... - a serviço do Banco Comercial, José Maria Whitaker à frente.
Trabalhou em alguns de nossos principais jornais, incluindo "A Razão", "Diário Nacional", "Folhas", daqui da Paulicéia, "Correio da Manhã", "Vamos Ler!", "Carioca", "Fon-Fon", do Rio. Voltou para "A Gazeta". Foi professor de jornalismo na "Cásper Líbero", também na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo ("Prática de Processo Civil"); outrossim, realizou cursos de jornalismo em algumas cidades de São Paulo, Minas, Goiás, outros Estados; também fez conferências sobre Música Brasileira (erudita) na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ainda na Academia de Música Lorenzo Fernandes, daquela Capital.
Além de membro desta nossa Paulista, da Paulista de Jornalismo, da Cristã, era sócio emérito do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, outras entidades culturais de São Paulo e outros Estados.
Depois dos estágios na Revolução de 30, e na Brigada Ataliba Leonel (contra o getulismo), e na Abrilada de 31, aqui, participou da Revolução Constitucionalista de 32 e exerceu cargos da diretoria da Sociedade Veteranos de 32-MMDC. Foi membro da Comissão Geral do Cinqüentenário da Constitucionalista. Foi, pela MMDC, "Comandante do Exército Constitucionalista", para o período de 87/88. Integrou a Comissão do Sexagésimo Aniversário do nosso 32. Exerceu cargo de direção da Sociedade Veteranos de 32-MMDC.
Recebeu inúmeras Medalhas e Colar outorgados a participantes do legendário Movimento; ainda outras muitas veneras, troféus, diplomas, títulos honoríficos, inclusive a "Grã-Cruz" da Ordem do Ipiranga.
Foi Cidadão Emérito de São Paulo, conforme Decreto-Legislativo nº 4/75, da Edilidade Paulistana.
Procurador aposentado da Prefeitura Paulistana, foi, durante mais de 30 anos, Consultor Jurídico do Instituto Mauá de Tecnologia, de cuja diretoria fez parte. Foi do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito. Era dos Conselhos Curador e Consultivo da Fundação Cásper Líbero.
Escritor, tinha vários livros publicados: "Falam os Escritores", reportagens com escritores nossos (3 volumes - 2 edições); "A Tormenta que Prudente de Moraes venceu!" (4 edições); "As Assembléias Gerais das Cooperativas e o Direito Brasileiro" - edição do Departamento de Assistência ao Cooperativismo de São Paulo, também da União Panamericana (em português, inglês e castelhano); "Rapsódia de Escândalos", reportagens sobre casos e coisas do Concurso Columbia Concerts, em 1942, no Rio; "Os Pioneiros de Rochdale", rádio-drama ao ensejo do centenário da Cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochdale (levado ao ar várias vezes, inclusive na BBC, em tradução para o inglês); "O Mauá em História-Saga de uma Instituição", aos 25 anos da fundação do Instituto Mauá de Tecnologia; grande número de publicações editadas pelo Departamento de Assistência ao Cooperativismo de São Paulo. Desses livros foram tiradas várias edições, todas esgotadas. O último é "Casper, pioneiro na imprensa". Traduziu, entre outros, "Paralelo 42" e "Dinheiro Graúdo", de John dos Passos - e, a propósito, disse este, em carta manuscrita de 11/09/44, tratar-se de "a very good job"; outrossim "Colomba", de Prosper Merimée e "O cavalo e a sombra dele", de Enrique Amorim. Todos esses volumes foram bem recebidos pela crítica, também pelo público.


Falecimento: 15 de março de 2006.




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