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ENCONTRAR SOLUÇÕES - É HORA DE AGIR
Acadêmico: Antonio Penteado Mendonça
"A situação da saúde suplementar vai se tornado crítica e é necessário a definição de novas regras para que o jogo não termine com todo o Brasil derrotado."


Sob o título “Encontrar soluções É de agir”, a FENASAÚDE (Federação Nacional de Saúde Suplementar) realizou em São Paulo, nos dias 5 e 6 passados, o Terceiro Fórum da Saúde Suplementar.
Evento denso e consistente, contou com a participação de autoridades nacionais e estrangeiras, além de reconhecidos especialistas nos temas relacionados com saúde em geral e saúde privada em particular.
A razão para isso é simples: não dá mais! A situação da saúde suplementar vai se tornado crítica e é necessário a definição de novas regras para que o jogo não termine com todo o Brasil derrotado.
O tema é socialmente quente, envolve milhões de pessoas assistidas pelos planos, hospitais, médicos, laboratórios, prestadores de serviços, órgãos de defesa do consumidor, advogados, etc. Todos têm suas razões para reclamar, todos querem mais, mas o bolo é finito e não tem de onde tirar recursos para custear integralmente todas as demandas.
Se os planos pagarem mais do que recebem, em algum momento, deixarão de atender seus clientes porque não terão dinheiro para fazer frente aos gastos. A questão é matemática, não tem como ser diferente. Nenhuma empresa consegue trabalhar com prejuízo e sobreviver por muito tempo.
Mais de 70 operadoras de planos de saúde privados já atravessam situação muito delicada, em função de estarem com o patrimônio negativo. E a tendência é a situação piorar.
Na origem do problema está a Lei dos Planos de Saúde, uma lei mal feita, que engessou o setor e impede que as operadoras e a população possam ter planos que sejam viáveis e atendam as reais necessidades de saúde da maioria dos segurados.
Agravando o quadro, a crise que atingiu o Brasil levou mais de três milhões de segurados a perderem seus planos de saúde, implicando, de um lado, na brusca redução do faturamento e, de outro, na manutenção dos atendimentos e, consequentemente, dos custos, sem a contrapartida para fazer frente a eles.
Para completar, a judicialização dos temas relacionados à saúde tem criado distorções importantes, que impactam o SUS e as operadoras dos planos de saúde privados.
O Terceiro Fórum da Saúde Suplementar foi realizado tendo como meta encontrar respostas que possam trazer alívio para o setor, permitindo que todos se beneficiem com a manutenção da operação dos planos de saúde privados dentro de parâmetros de atendimento eficientes e sustentáveis. Não é hora de inventar a roda, nem de achar que dá para fazer porque alguém achou alguma coisa. Vale sempre lembrar o samba que dizia: ”quem acha, vive se perdendo”.
Em momentos difíceis, a melhor solução é enfrentar as causas do problema, buscar soluções inteligentes e implementá-las de forma mais inteligente ainda.
Ao reunir os palestrantes e debatedores que compõem os diferentes painéis do evento, a FENASAÚDE mostra que está vivamente interessada em encontrar soluções que possam ir além do remendo para quebrar galho ou do empurrar com a barriga. Não é isso o que a população espera, nem o que os planos pretendem oferecer.
Colocando nas mesas altos escalões do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, de Secretarias de Saúde estaduais, membros do Judiciário, os principais executivos do setor, estudiosos e representantes de organizações especializadas, autoridades e especialistas internacionais, o Fórum abriu espaço para a colocação dos problemas, definição das prioridades e busca de soluções práticas que melhorem o quadro geral e permitam o funcionamento sustentável de um setor que responde diretamente pela qualidade de vida de cinquenta milhões de pessoas e por mais da metade de todos os recursos investidos em saúde no país.
Discutindo o Sistema nacional de saúde brasileiro; Custos crescentes. O que fazer?; O poder sancionador das agências reguladoras; Combate à fraude e abusos em saúde, o evento trouxe a experiência internacional para ser comparada com a nossa realidade e assim permitir a rápida implementação de soluções capazes de apresentar resultados, que é o que todos querem e a sociedade precisa.



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